SLMANDIC: a cada ano mais Eco!
Hoje o dia começou ainda mais consciente na Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas. Isso porque foi realizado o Eco Mandic, evento anual e direcionado aos colaboradores locais, cujo objetivo é ressaltar atitudes e ações sustentáveis e de proteção, para que as Políticas Ambiental e de Segurança da Instituição não sejam esquecidas. “Essa é uma iniciativa pensada e organizada em prol do meio ambiente e dos cuidados com todos daqui”, reforçou a coordenadora da área de Biossegurança da SLMANDIC, Flávia Maria Ribeiro Dias.
Dessa vez, o tema escolhido foi Gratidão. “Por estarmos vivos e trabalhando, por nos igualarmos como seres humanos, por termos atravessado, juntos, esse período de pandemia, que foi, praticamente, uma terceira guerra mundial. Quem agradece agora somos nós, pela cumplicidade de todos vocês”, disse que diretor-geral da SLMANDIC, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira.
Logicamente, o formato do evento foi adaptado ao momento. “Mas não poderíamos deixar de comemorar o fato de termos vencido mais um desafio. E isso se deve muito ao trabalho em conjunto, em que cada um teve participação importante. Nós também não desistimos. Desde o início da pandemia, não fazemos outra coisa além de pensar na família Mandic. Agradeço por cada atitude, carinho e palavra de solidariedade”, complementou a diretora-executiva Administrativa, de Clínicas e de Recursos Humanos, Prof.a Dr.a Jussara Moreira Passos Cintra Junqueira.
O que rolou
Para reforçar o tema Gratidão, os colaboradores tiveram acesso a um painel representando uma árvore, no qual puderam colar adesivos em formato de folhas, com suas frases de agradecimento. Depois, todos receberam brindes e também um kit contendo itens para o café da manhã.
Gratidão a todos
Ainda de acordo com o diretor-geral, agradecimento não é somente uma palavra, e sim uma experiência; não é somente um abraço – que neste momento não podemos oferecer –, mas o sentimento. “Somos um time, uma família. Por conta de todos nós termos remado na mesma direção, juntos chegaremos à margem do sucesso, com respeito à ecologia, à proteção, e à vida”, comemorou.
Uma trajetória de sucesso e muito conhecimento!
Embora a Jornada Odontológica da Faculdade São Leopoldo Mandic esteja em sua 14ª edição, o objetivo continua sempre o mesmo: oferecer ainda mais informações e apresentar as novidades da odontologia aos graduandos da área e também aos cirurgiões-dentistas já atuantes no mercado de trabalho.
Dessa vez, o encontro foi virtual, a fim de manter a segurança frente à pandemia da covid-19. Realizado ontem e hoje, dias 7 e 8, contou com várias palestras a respeito de temas atuais e que geralmente não são discutidos nas salas de aula.
Primeiras apresentações
No dia 7, os seguintes assuntos foram abordados: Planejamento reabilitador estético funcional, pelo Prof. Dr. Fabiano Marson; Traumatologia, pelo Prof. Dr. Fabio Parada Pazinatto; Harmonização orofacial e perfil imunológico, pela Prof.a Dr.a Luciana Campos; e Odontologia legal e perícia criminal – conhecimentos e vivência do cirurgião-dentista, pelo Prof. Dr. Ademir Franco e pelo Prof. Dr. Solon Diegues.
Ainda mais informação
Já no dia 8, esses foram os tópicos debatidos: Mínima intervenção em Odontologia, pelo Prof. Dr. José Carlos Imparato; Gengivite iatrogênica: como evitar essa relação danosa entre as restaurações adesivas e o periodonto, pela Prof. a Dr.a Maristela Lobo; Odontologia social, sorrir é para todos!, pelo Prof. Dr. Felipe Rossi; e BARBELL TECHNIQUE – um novo conceito em reconstrução óssea, pelo Prof. Dr. Luís Guilherme Macedo.
Muita emoção
O final foi marcado por homenagens à Prof.a Dr.a Roberta Tarkany Basting Höfling, coordenadora da 14ª Jornada Odontológica, e também aos alunos responsáveis pela preparação do encontro. “Quero só agradecer. Foram dois dias que representaram um ano de trabalho da comissão organizadora. Tenho muito orgulho”, disse a professora.
Tradição e expectativa
Vale lembrar que esse é um evento tradicional na SLMANDIC, que faz parte da Semana Acadêmica da Instituição, e é sempre muito esperado por todos.
Inovação e futuro da medicina são os temas que marcaram o VIII COMA
Mais uma edição do Congresso Médico Acadêmico – COMA foi realizada na Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas. Dessa vez abordando a Medicina 4.0, a fim de informar os estudantes da área sobre assuntos relacionados à tecnologia, ao empreendedorismo e à pesquisa.
Promovido hoje, dia 7, o evento foi coordenado pelos professores Dr. Lorenzo Tomé e Dr. Thiago Trapé, e contou com palestras e mesas redondas virtuais. Além disso, teve oficinas a distância e presenciais – essas últimas na própria Faculdade, em Campinas, e com limite de vagas, para evitar aglomeração.
De olho no amanhã
A abertura contou com um tema atual e necessário: “o futuro da medicina e o médico do futuro”, cuja palestra foi ministrada por Cláudio Mifano – cofundador e CEO da Livance Consultórios Inteligentes –, com o apoio do Dr. Guilherme Succi – coordenador do curso de Medicina da Instituição –, da Dra. Fabiana Succi – diretora de Graduação da SLMANDIC –, e da Dra. Rafaela Guerra – CMO na APUS Capital.
De acordo com Mifano, não é a idade que define o grau de inovação do profissional e sim a forma de ele abraçar a causa. “No caso dos alunos, eles precisam estar abertos, sem medo, utilizando as inovações a favor deles. E devem, ainda, participar de projetos, que oferecem a prática e, consequentemente, um aprendizado muito grande.”
A Dra. Fabiana concorda e complementa, dizendo que todos precisam ter uma formação sólida. “Dessa maneira será possível identificar as subjetividades e, então, transpô-las. Isso é o que vai direcionar o futuro de vocês.”
E o Prof. Dr. Guilherme fez questão de ressaltar: “tenho muito orgulho dos alunos da SLMANDIC, de ver o interesse de cada um em querer debater esses tópicos.”
Minha liga é inovadora!
Na sequência, foram realizadas apresentações de várias ligas: Alegria, com o tema “Humanização em Saúde: saúde mental do médico e relação com o paciente”; Cirurgia, com “Prevenção de acidentes no trânsito. Como podemos inovar em sociedade para melhorar isso?”; Ginecologia e obstetrícia, sobre “Proposta de um aplicativo dedicado à gestante: gravidez descomplicada”; Ligas, abordando ”Impressão 3D nas práticas médicas”; Educação Médica: “Liderança e o médico 4.0”; Ortopedia, falando sobre “Terapia celular e engenharia de tecidos em ortopedia”; e Patologia, trazendo “Inovações tecnológicas aplicadas à patologia: do ensino à prática clínica”.
Mão na massa
Logo após o almoço foi a vez das Oficinas Práticas, no formato de Paciente 360 – que contempla perguntas relacionadas à anamnese e ao diagnóstico –, apresentadas de duas maneiras: virtual e presencialmente, sendo o segundo formato com vagas limitadas, a fim de evitar aglomeração.
No caso das apresentações virtuais, elas também foram divididas em salas e por assuntos: Ginecologia e Obstetrícia – Hiperêmese e diabetes gestacional, com o Dr. Caio Hartman; Hematologia – Anemia, com a Dra. Jiviane Barreto; Medicina da Família e Comunidade – Síndrome Metabólica, com a Dra. Ana Paraguay; Neurologia clínica – Enxaqueca, com o Dr. Paulo Mei; Pediatria – Diarreia Aguda, com o Dr. Roberto José Negrão Nogueira; e Saúde Mental – Depressão, com o Dr. Celso Garcia Junior.
Medicina baseada em valor
As apresentações foram encerradas com um tema que exige muita atenção: Medicina baseada em valor, abordado pelo Dr. Sérgio Ricardo Santos – da DNA Capital e da Sami –, juntamente com o Dr. Lorenzo Tomé e o Dr. Thiago Trapé, ambos professores da SLMANDIC.
Trapé iniciou dizendo que as sociedades precisam de maturidade para avançar. Santos continuou afirmando que o setor de saúde está em mudança e que isso é relevante, uma vez que existem enormes lacunas e vulnerabilidade no desenho assistencial. E Tomé reforçou a importância de o profissional se colocar na pele do paciente, para entender e vislumbrar o longo prazo.
Oportunidade de conhecimento
Para encerrar, o diretor-geral da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira, afirmou que a Medicina 4.0 vai mudar o mundo, e continuou: “aprendi muito hoje, aqui no COMA, e tenho certeza que vocês também. Vamos, juntos, rumo ao sucesso de nossos futuros médicos.”
Vale destacar que o COMA é um evento de grande relevância acadêmica, direcionado a todos os alunos de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, com a participação de professores da Instituição, além de importantes profissionais do setor.
VII SEMIC reforça o quanto pesquisa é importante na vida acadêmica
A sétima edição do Seminário de Iniciação Científica – SEMIC da SLMANDIC, realizada hoje, 6 de outubro, foi um sucesso.
Promovido de forma virtual, para garantir a segurança de todos durante essa pandemia da covid-19, o evento exibiu os resultados de trabalhos desenvolvidos pelos alunos da graduação, ao longo do ano, por meio do Programa de Iniciação Científica – PIC, além de apresentações de temas livres e pesquisas realizadas pelos estudantes sob a orientação de professores de várias especialidades.
Foi uma excelente oportunidade de a comunidade acadêmica discutir ideias inovadoras, divulgar resultados de estudos, e conhecer as diferentes linhas de pesquisa da Instituição. Além disso, os alunos puderam interagir com pesquisadores experientes, que participaram do encontro como avaliadores dos trabalhos.
Vale destacar, ainda, que para os graduandos essa é uma chance de contato inicial com a ciência e a tecnologia, e, mais do que isso, uma forma de complementar a formação acadêmica.
Sobre o evento
O SEMIC teve início logo pela manhã, com a palestra “Mindfullness para a Saúde – evidência científica”, ministrada pelo Prof. Dr. Marcelo Marcos Piva Demarzo.
Depois foi a vez de os alunos apresentarem seus estudos, em várias salas virtuais, cujos caminhos foram disponibilizados previamente para os inscritos. No total, foram 61 apresentações do PIC, 23 pesquisas e 44 temas livres.
Após as manifestações dos estudantes, outra palestra foi realizada. Dessa vez, com o tema “Impacto da covid-19 no sono e na saúde mental dos brasileiros”, comandado pelo professor Dr. Paulo Afonso Mei.
O diretor-geral da SLMANDIC, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira, reforçou: “O SEMIC foi ímpar, sensacional, adaptado aos novos tempos, mas mostrando o poder dos nossos alunos, dos nossos orientadores, dos nossos parceiros. Agradeço a todos que participaram deste evento e, principalmente, por nunca desistirem da ciência, da pesquisa e da excelência.”
Eles foram os premiados
Por fim, todos puderam acompanhar quem foram os grandes vencedores, que receberam R$500, R$700 e R$1.000 (terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente), nas categorias Tema Livre e Pesquisa, e R$600, R$800 e R$1.200 (terceiro, segundo e primeiro lugar, respectivamente), na categoria PIC.
Com certeza, todos saíram ganhando, seja com certificado de participação, prêmios, ou ainda mais conhecimento.
Categoria Tema Livre
1º lugar: Beatriz Cosmo Samogim, com o tema “Ligas acadêmicas em cursos de graduação”
2º lugar: Mariane de Castro Michielin, com o tema “Doença de Hashimoto-Pritzker: relato de caso”
3º lugar: João Pedro Zeferino, com o tema “Células-tronco Mesenquimais Adultas (CTA): meios de coleta e protocolos terapêuticos”
Categoria Pesquisa
1º lugar: Maria Vitória Lima Ferrero, com o tema “Tendência da incidência de sarampo, rubéola e caxumba no Estado de São Paulo e a relação vacinal”
2º lugar: Mateus Sanchez Chaib, com o tema “Estudantes de medicina recebem treinamento para elaborar atestados médicos e conhecem as suas bases éticas e legais?”
3º lugar: Ingrid Eckert, com o tema “Total de mortes de mulheres por HIV, nas diferentes regiões, entre menos de 1 ano e 80 anos e mais no período de 1980 a 2017”
Categoria PIC
1º lugar: Henrique Miranda Leite, com o tema “Arrabidaea chica incorporado ao ácido fosfórico ou como pré-tratamento dentinário em solução etanólica: avaliação da resistência de união”
2º lugar: Victor Pieroni, com o tema “Estudo do efeito periférico do inibidor de epóxi hidrolase solúvel (TPPU) na hipernocicepção inflamatória induzida pela artrite reumatoide na Articulação Temporomandibular de ratos”
3º lugar: Pedro Gogolla, com o tema “Impacto da adição de nanotecnologia ao cimento de ionômero de vidro sobre a resposta celular. Estudo in vitro com linhagem fibroblástica”
Documentário sobre o Projeto Barco da Saúde ganha menção honrosa em concurso da ABMES
O documentário de 40 minutos chamado “Amazônia: o pulmão, o sangue e os glóbulos verde-amarelos”, do fotógrafo Giancarlo Giannelli, ganhou no dia 4 de abril, Menção Honrosa na 12ª edição do Concurso Silvio Tendler de Vídeos sobre Responsabilidade Social das Instituições de Ensino Superior.
O Concurso Silvio Tendler é promovido pela ABMES (Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior). A 12ª edição premiou instituições de todas as regiões brasileiras. Intuições de educação superior de Belém (PA), Vitória da Conquista (BA), Brasília (DF), Porto Alegre (RS) e Campinas (SP) foram os grandes destaques.
“Participei da expedição Barco da Saúde motivado por minhas ideias de formação e evolução da sociedade por meio de atividades solidárias, particulares ou coletivas, para aprender novas vivências e trocar informações com grupos diferentes. O filme elenca situações que justificam o meu ponto de vista”, comenta Giannelli.
Em 2017, aconteceu a primeira edição do projeto Barco da Saúde, que leva assistência médica e odontológica a comunidades ribeirinhas na Amazônia. Giancarlo Giannelli é fotógrafo há 32 anos e esteve presente durante toda a expedição, fotografando e filmando o povo, a paisagem, os atendimentos.
Parabéns àqueles que deixam nossos sorrisos mais bonitos e saudáveis!
No dia 3 de outubro é comemorado o Dia Mundial do Dentista, esse profissional tão importante para a Faculdade São Leopoldo Mandic e, mais ainda, para a sociedade em geral. É importante reforçar que, mesmo durante essa pandemia da covid-19, ele driblou todos os perigos para atender as pessoas que precisaram e ainda precisam de cuidados.
De acordo com a Dra. Fabiana Mantovani, coordenadora do curso de Odontologia da SLMANDIC, o novo coronavírus trouxe também o debate sobre a biossegurança e a adoção de procedimentos importantes para evitar a contaminação dos pacientes durante os atendimentos. “O cirurgião-dentista, mesmo antes da pandemia, já utilizava muitos recursos de biossegurança, que foram amplamente divulgados neste período, garantindo a proteção tanto do paciente como do profissional e de sua equipe.”
Para quem pretende atuar nesta área, saiba que a atividade pode ir além do consultório. “O SUS emprega muitos profissionais que atuam na assistência primária, no programa da Saúde da Família. Além disso, o dentista faz parte de muitas equipes multidisciplinares de hospitais (odontologia hospitalar), de clubes de esporte (odontologia esportiva), de academias militares (carreira militar), entre outros. E também em instituições de ensino superior, quando escolhe a carreira acadêmica”, completa a coordenadora.
E não se esqueça: o interessado precisa ter disposição para estudar e aprender, além de gostar de pessoas e ter curiosidade para descobrir maneiras de desempenhar melhor a profissão. “A principal motivação da carreira é trazer saúde, aliviar a dor, melhorar a autoestima, diagnosticar e tratar doenças, atuando de forma a garantir que o paciente tenha qualidade de vida”, analisa a Mantovani.
Sobre a Instituição
A Faculdade São Leopoldo Mandic oferece, em seus cursos de graduação, vivência prática desde o 1º ano, assim como atividades de pesquisa e prestação de serviços comunitários, convênio com hospitais e Unidades Básicas de Saúde. Também proporciona cursos de pós-graduação nas mais variadas subáreas da profissão.
Por uma melhor idade
O envelhecimento é um processo. Nós nascemos, crescemos e chegamos à chamada “terceira idade”. Em determinado momento, a maioria de nós vai vivenciar essa última etapa da vida. Disso tudo, temos certeza!
Você sabia que em 1º de outubro é comemorado o Dia Internacional da Pessoa Idosa? E, também, que a Faculdade São Leopoldo Mandic oferece cursos que preparam profissionais focados nos cuidados voltados a esse público? A ideia, tanto da data como das capacitações, é chamar a atenção da sociedade, bem como dos profissionais, em relação à forma de tratar esse público que está cada vez mais longevo.
No Brasil, a população ainda é relativamente jovem. Por aqui, os cidadãos são considerados idosos a partir dos 60 anos de idade. Nos países desenvolvidos, como nos Estados Unidos, ao completarem 65 anos. E não para por aí: alguns países da Europa, reclassificaram a idade para o idoso ser considerado em categorias acima de 65 anos. A Itália, recentemente, estabeleceu tal título a partir dos 75 anos, por lá. O que possibilita as rotulagens são as condições de vida e saúde de cada lugar. Para isso, o país precisa estar preparado para lidar com esse processo de envelhecimento populacional.
Em nosso País, este cenário começou a mudar também, uma vez que a expectativa de vida está aumentando em todo o território e o número de idosos crescendo em relação ao de crianças. Nossa população está envelhecendo e, infelizmente, a sociedade e a estrutura de saúde local não estão preparadas para essa transformação na pirâmide etária.
Segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2030 o Brasil vai ser o sexto País mais populoso em relação ao número de idosos. “Isso significa que temos um período curto para preparar a população que irá vivenciar este momento tão singular”, alerta a Dra. Arlete Maria Gomes Oliveira, odontóloga, doutora em Saúde Coletiva, especialista em gerontologia e coordenadora do curso de Especialização em Gerontologia e Geriatria da Faculdade São Leopoldo Mandic.
São vários os fatores que levam ao fenômeno do envelhecimento populacional no Brasil e no mundo, resultando nesse aumento da expectativa de vida. Entre eles, estão: os avanços da tecnologia e da medicina, o número reduzido de nascimentos, o fato de as famílias estarem mais compactas, entre outros. “O novo idoso é bem diferente de 30 ou 40 anos atrás. Hoje vemos pessoas com 60, 70 anos, que parecem ter bem menos idade, ativas e saudáveis. “Tudo isso tem a ver com o estilo de vida de cada um, porque o envelhecimento é ‘individual’”, reforça a coordenadora.
Foco na qualidade de vida
Envelhecimento ativo: você ainda vai ouvir, e muito, esse termo. Trata-se de uma política criada em 2005, pela OMS – Organização Mundial da Saúde, que se baseia em três pilares: saúde, nas dimensões física, psicológica e social; segurança, de uma forma geral, que o idoso precisa ter; e participação, mantendo a autonomia e a independência.
“O que se espera com um envelhecimento ativo é, principalmente, chegar aos 60, 70, 80 anos de idade, ou mais, com qualidade de vida, de formas saudável e ativa, com autonomia e independência preservadas, se possível. Em 2015, o Centro Internacional da Longevidade no Brasil, coordenado pelo Dr. Alexandre Kalache, criou um novo pilar, que é a aprendizagem ao longo da existência, que tem a ver com o aumento da expectativa de vida e as transformações do trabalho, proporcionando mais engajamento do idoso na sociedade”, conta Oliveira.
Feminilização do envelhecimento
Um outro detalhe interessante é que existe uma feminilização do envelhecimento, globalmente. Isso porque mais mulheres do que homens chegam a uma idade considerada avançada. “A expectativa de vida feminina está em torno de 72 anos, enquanto a masculina é de 69, aproximadamente”, explica a coordenadora.
No Brasil, como na maioria dos países, o aumento na expectativa de vida tem sido mais significativo para o sexo feminino. Alguns fatores são colaborativos, como, por exemplo: hábitos menos agressivos, mais atenção e conhecimento em relação ao seu estado de saúde, maior utilização dos serviços de saúde, menos consumo de tabaco e álcool, além dos hormônios femininos, que atuam como protetores cardiovasculares.
Preconceito existente
Algumas pessoas têm tanta vergonha do envelhecer, que negam a idade, e isso se dá pelo estigma que a palavra “velho” carrega. O preconceito ao idoso, denominado de “etarismo” é tão forte, que influencia o modo como o indivíduo em questão é tratado na sociedade de uma forma geral, com comportamentos desrespeitosos, que, inclusive, se iniciam na infância, no próprio ambiente familiar, entre avós e netos, sendo estes, muitas vezes, causadores de bullying. Trata-se de um dado muito triste, que entrou para as estatísticas da violência contra os mais velhos. Por isso, o respeito a esse público precisa ser melhor trabalhado na sociedade.
Geriatria X Gerontologia
Provavelmente você já escutou esses dois termos. Mas sabe qual é a diferença entre eles?
A Geriatria é uma especialidade médica, que abrange os conhecimentos em torno do diagnóstico e do tratamento das doenças que comprometem a saúde do indivíduo que está em processo de envelhecimento.
Já a Gerontologia é a ciência que estuda o processo de envelhecimento humano nas suas dimensões fisiológicas, psicológicas e sociais. Tem caráter multiprofissional, agregando profissionais das ciências biológicas e da saúde, das ciências exatas, das ciências humanas e sociais aplicadas, inter-relacionando esse público aos contextos socioeconômico, cultural e ambiental.
Uma profissão apaixonante
Mais do que tratar a doença, é importante entender o idoso em sua integralidade, considerando seus valores, suas preferências etc. “Inclusive a relação que ele tem com os familiares, e em quais contextos – social, econômico e cultural – ele vive. Para esse paciente é preciso, também, oferecer mais cuidados em relação às medicações, aos possíveis efeitos colaterais, e às alterações fisiológicas provenientes do envelhecimento”, analisa o Dr. Christian Makoto Ito, médico geriatra e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic.
Ainda segundo ele, a especialidade é apaixonante por conta da troca de experiências e das várias histórias a serem contadas. “Na maioria das vezes, eles têm muito mais a nos ensinar do que o contrário. Isso torna a geriatria única.”
E o também médico geriatra e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr. José Nuncio Mammana, reforça o grande desafio: a formação de bons médicos na área da geriatria, o que está diretamente ligado à educação. “Devemos sensibilizar a população universitária, pois é esse público que vai gerar políticas públicas pensadas na qualidade de vida da pessoa idosa. Afinal, trata-se de um ciclo muito importante da vida, que envolve conhecimento, experiências e altíssima capacidade mental. Todo mundo tem um idoso na família. Por isso precisamos formar e educar bem sobre o assunto, desde a infância”, analisa.
Cursos focados no idoso
Na Faculdade São Leopoldo Mandic, os alunos dos cursos de Medicina e Odontologia têm contato com o tema na Graduação, nas diversas disciplinas que, de alguma forma, abordam o envelhecimento humano, seja na odontogeriatria, na geriatria, na atenção primária – especificamente na saúde do idoso –, bem como nas matérias de NFG, que trazem o olhar das ciências humanas, com foco na humanização do cuidado.
E os profissionais já formados podem se especializar e aprofundar seus conhecimentos sobre envelhecimento no curso de Especialização em Gerontologia e Geriatria, oferecido pela Instituição, com uma abordagem multiprofissional.
A melhor forma de lidarmos com as questões do envelhecimento, combater o etarismo, e fomentar o respeito, é disseminando informações pertinentes ao tema, a fim de fazer com que a população, de maneira geral, tenha conhecimento sobre a velhice.