Pesquisadores da SLMANDIC aprovam os benefícios do procedimento internacional MARPE em pacientes brasileiros
Mais uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da São Leopoldo Mandic foi publicada em uma importante revista científica da área. Desta vez, o estudo de casos Effects of maxillary skeletal expansion on respiratory function and sport performance in a para-athlete e A case report foi exposta na revista Physical Therapy in Sport. Segundo o pesquisador responsável e professor da SLMANDIC, Dr. Aguinaldo S. Garcez, os efeitos da expansão maxilar foram analisados com destaque para o desempenho respiratório do paciente. “Entre os indivíduos que participaram da pesquisa está Henrique Caetano Nascimento, atleta paralímpico da Seleção Brasileira de Natação, que compete nas provas 50m livre, 50m costas e 100m livres, e que após o tratamento, apresentou um maior desempenho esportivo e respiratório”, explica o professor.
Técnica
De acordo com Dr. Garcez, a técnica MARPE é a expansão rápida da maxila por meio de mini-implantes. “Essa técnica já era utilizada em crianças em fase de crescimento ou em adultos de forma cirúrgica. Hoje, ela é indicada para pacientes na mesma faixa-etária com mordida atresica, mordida cruzada ou respiração bucal”, conta.
O especialista diz que o procedimento surgiu com profissionais, professores e pesquisadores estrangeiros da Califórnia, nos Estados Unidos, e de Seul, na Coréia do Sul. “Porém, nossa equipe, com destaque para as professoras Camilla Storto e Selly Suzuki, foi buscar o conhecimento diretamente com esses profissionais, e trouxe essa técnica para aplicação aqui no Brasil”.
Indicada para adolescentes ou indivíduos adultos pré-avaliados e com necessidade de expansão maxilar, essa técnica permite resultados melhores que o cirúrgico. “Além do ganho esquelético, o procedimento apresenta outros benefícios, como melhora na respiração, na apneia do sono e até mesmo na qualidade de vida geral do indivíduo”, explica Dr. Garcez.
Pesquisa
No estudo, os pesquisadores realizaram exames antes e depois do procedimento para averiguar as diferenças obtidas, como força muscular para a inspiração e expiração, além do volume da cavidade dos 20 pacientes selecionados. “Entre 15 e 20 dias após realizar a MARPE, eles voltaram para uma nova avaliação e percebemos a melhora, como o aumento da força muscular, medidas, e melhora na respiração, tanto nasal quanto oral”, completa o professor.
Desempenho esportivo
Segundo o vice-campeão brasileiro no 1000m costas, terceiro colocado nos 50m livres e campeão paulista nos 100m costas, Henrique Caetano Nascimento, o aparelho melhorou o seu desempenho respiratório e esportivo na piscina. “Sem ele, a minha respiração era muito ruim, pois a minha maxila era muito estreita. Quando fizemos o procedimento, eu senti diferença, pois antes eu respirava pela boca. Como eu comecei a respirar melhor, as técnicas começaram a fazer maior efeito”, conta o atleta paralímpico, que conquistou títulos após a expansão da maxila. “Eu comecei na natação muito cedo, então posso dizer que o aparelho mudou a minha velocidade, meu tempo e respiração”, finaliza.