Dermatologista da SLMANDIC explica mais sobre a doença
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que apenas 1% da população mundial tenha vitiligo. Para o médico especialista em dermatologia da São Leopoldo Mandic, Emerson Henrique Padoveze, a data de comemoração nacional, que acontece no próximo domingo, dia 1 de agosto, possui importante significado no processo de conscientização da população sobre a doença. “Neste dia é importante educar para que possamos combater o preconceito a respeito do vitiligo”.
Características
“Apesar de ainda não sabermos ao certo o que leva um paciente a apresentar vitiligo, alguns estudos indicam que ela seja uma doença autoimune, ou seja, que o próprio organismo faz contra ele mesmo, e que leva a uma destruição do melanócito, células responsáveis pela produção da melanina, que por sua vez é responsável pela pigmentação da pele”, explica o dermatologista.
Segundo o especialista, mitos acerca da doença colaboram para o preconceito entre a população. “É importante ressaltar que o vitiligo não é contagioso, você não vai pegar de ninguém e não vai passar para ninguém. O estresse pode ser um fator desencadeante, mas ele não vai ocasionar o vitiligo, ou seja, ele só pode ser um gatilho para aqueles que já possuem uma tendência”.
Diagnóstico
Ao notar manchas na pele, o paciente deve procurar um especialista. “Existem diversas doenças de pele, como a hanseníase, que podem se manifestar de uma maneira parecida com o vitiligo. O ideal é que o paciente sempre procure o dermatologista para que seja feito o diagnóstico da maneira correta”, diz Dr. Padoveze.
Tratamento
O médico da SLMANDIC ressalta que não é possível prometer uma cura ao paciente, já que o vitiligo pode entrar em atividade no futuro apesar do tratamento, mesmo que ocorra a repigmentação completa do quadro. “O vitiligo é um problema inestético e o uso de protetor solar com cor é útil para camuflar a lesão, resgatando a autoestima do paciente, sem falar que protege da radiação ultravioleta cuja pele afetada é desprovida dessa função ”, explica.
Por isso, é muito importante que o indivíduo evite a exposição solar, pois a pele sem coloração é uma área desnuda, desprotegida, com maior potencial de queimadura, que pode levar a doenças malignas ou pré-malignas naquele local a longo prazo. Além disso, de acordo com a extensão do quadro, o dermatologista será o responsável por discutir as melhores alternativas de tratamento em conjunto com o paciente. “Pode ser feito um tratamento tópico com cremes ou pomadas, medicamento oral, fototerapia, laser ou até mesmo o transplante de pele”, finaliza Dr. Padoveze.