O mês de outubro está chegando ao fim. Mas a luta contra o câncer de mama está só no começo! O médico mastologista é quem cuida de todas as doenças relacionadas às mamas, sejam elas benignas ou malignas. Desde o atendimento para investigar uma dor, o aparecimento de um nódulo ou uma determinada alteração, passando por cirurgias para a retirada da enfermidade, até a reconstrução da área afetada. Tudo isso e muito mais faz parte da profissão. E os homens também podem ser consultados por esse especialista, em casos de ginecomastia – condição masculina resultante da hipertrofia das glândulas mamárias ou, raramente, câncer de mama.
Ao optar por tal especialidade, o estudante deve saber que disponibilizará, pelo menos, 5 anos para a residência, cursando, primeiramente e como pré-requisito, ginecologia e obstetrícia ou cirurgia geral.
Embora essa subárea seja clínico-cirúrgica, o profissional também pode atuar com imagem, mamografia, ultrassom, biópsia guiada, ressonância etc. “Hoje em dia, também atuamos no ramo da cirurgia oncoplástica, ou seja, cirurgias plásticas reparadoras (não apenas estéticas) em pacientes que fizeram mastectomia – retirada de uma ou de ambas as mamas ou cirurgia conservadora para câncer de mama”, conta a ginecologista, mastologista e professora da Faculdade São Leopoldo Mandic, Dr.a Katia Piton Serra.
Vale lembrar, ainda, que esse profissional sempre trabalha em equipes multidisciplinares. “Contamos com o radiologista, o patologista, o oncologista clínico – que prescreve a quimioterapia, o radioterapeuta – que acompanha o enfermo durante a radioterapia, e o fisioterapeuta – que reabilita as pacientes no pós-operatório. Mas quem coordena todo esse processo, inclusive o pós-tratamento e os anos sequentes, é o mastologista”, explica.
Ainda segundo a professora, a parte difícil da profissão é a hora de comunicar o diagnóstico de câncer. “Mas, se você gosta do que faz, consegue tornar o momento mais leve para as pacientes, e até criar um vínculo. Afinal, elas esperam que você as ajude passar por esse período difícil da vida. Sabemos que existem limitações, que muitas vezes a cura depende da evolução da medicina e da própria resposta do organismo da pessoa, mas o importante é estarmos ao lado, amenizando o sofrimento, que vai além do corpo”, orienta.