Estudo analisou a relação da disfunção temporomandibular em músicos amadores e profissionais. Mulheres apresentaram mais disfunção do que homens
No estudo “Sintomas de Disfunção Temporomandibular em Músicos Amadores e Profissionais de Instrumentos de Sopro”, pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic descobriram que os músicos amadores apresentam maior probabilidade de desenvolverem sintomas de DTM. De acordo com o Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães, essa descoberta não possui uma justificativa específica, mas observa-se que tocar um instrumento de sopro pode caracterizar um hábito parafuncional, como apertar os dentes ou, neste caso, apertar com os dentes o bocal do instrumento, com movimentos musculares repetitivos. “Preparar a musculatura para esses movimentos é essencial. Assim como os atletas, o músico faz um aquecimento antes de começar a tocar. Porém, músicos profissionais buscam notas altas e de difícil execução durante o aquecimento, e muitos têm uma rotina muito rígida. Com isso, a musculatura envolvida está melhor preparada para a demanda que irá receber”, explica.
Segundo os dados analisados no estudo, entre os instrumentistas cuja prática é de até 10 anos, 20% apresentaram sintomas. Já o grupo com prática de 11 anos ou mais, apenas 10,4% sinalizou positivo para a sintomatologia de DTM, como cansaço na lateral do rosto e estalos ao abrir e fechar a boca. Entre os voluntários que informaram tempo diário de prática de até três horas, 74,8% apresentaram resposta positiva para sintoma de DTM, contra 25,2% daqueles que praticam por mais de três horas diárias. “Uma rotina com aquecimento prévio, feito de maneira adequada para preparar a musculatura à demanda que irá sofrer, pode ser uma forma de proteger os músculos de possíveis lesões”.
No estudo, os dados sobre gênero não apresentaram significância estatística, porém no grupo das mulheres havia percentualmente mais músicos com sintomas de DTM (28,6%) contra 12,2% dos homens.
Importância do estudo
Segundo o especialista, tocar um instrumento de sopro pode ter influência nos sintomas de DTM e é importante que os cirurgiões-dentistas observem essa prática entre os seus pacientes para um melhor diagnóstico. “Também é importante que a população desenvolva um olhar crítico para o problema, pois é uma prática com muitos adeptos, que não pode ser negligenciada quando se busca diagnóstico e tratamento de DTM”.
O professor da Faculdade São Leopoldo Mandic explica que 5% a 12% da população é afetada pela disfunção, mas é de conhecimento da literatura que os indivíduos acometidos e com queixas possuem baixa consciência (por volta de 30%), e destes apenas 5% procuram tratamento. “Por isso, informar sobre essa questão sempre pode trazer uma condição melhor à população. Os fatores causais são múltiplos, e apresentam uma relação causa e efeito plural, em que não há uma causa específica para isso. Hábitos parafuncionais, fatores biopsicossociais e neurobiológicos são alguns dos conhecidos, mas a DTM também possui muitos fatores em comum com dores musculoesqueléticas em geral e necessita de uma abordagem transdisciplinar”, diz Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães.
Segundo ele, o estudo foi realizado, pois houve uma curiosidade em saber qual seria a proporção da manifestação dessa patologia em um grupo especifico de profissionais que utilizam a boca como instrumento de trabalho. “Nós também ficamos curiosos para saber se haveria diferença entre os profissionais e os amadores, qual seria o possível fator causal da mesma”, finaliza o especialista.
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