Entenda porque a reposição hormonal está entre as causas da doença
Outubro é o mês de conscientização da população feminina acerca da prevenção contra o câncer de mama e do incentivo ao diagnóstico precoce. No Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença representa 29,7% de todos os casos de câncer que afetam o sexo feminino no país. Segundo o professor da São Leopoldo Mandic e especialista em Mastologia, Prof. Dr. Gustavo A. de Souza, os índices são semelhantes nos demais países ocidentalizados.
Para o especialista, o número alto de casos está relacionado, entre outras causas, ao estilo de vida das mulheres em países desenvolvidos, que leva em conta a idade da primeira menstruação (conhecida como menarca), gravidez, lactação e menopausa (última menstruação). “Quanto mais tempo de vida a mulher tiver entre a menarca e a menopausa, sob a ação de seus hormônios endógenos (dela mesma), estrogênio e progesterona do ciclo menstrual, maior o risco de câncer de mama”.
A mulher ocidental geralmente menstrua pela primeira vez mais cedo, tendo como um dos fatores a maior massa corpórea na infância, quando comparadas às orientais – estas têm a menarca mais tarde, engravidam e amamentam em idade mais precoce, que são parte de fatores importantes em relação aos tumores malignos das mamas. “Menarca antes dos 11 anos e menopausa depois dos 54 anos aumenta o risco, porque a mulher continua recebendo a ação dos hormônios – estrogênio na 1ª fase do ciclo, e estrogênio e progesterona na 2ª fase do ciclo – por isso, a maior taxa de câncer de mama ocorre nos países ocidentais”, explica.
Reposição hormonal
Segundo o professor da Mandic, a reposição hormonal na menopausa aumenta os riscos de câncer de mama, da mesma forma que a menarca precoce e a menopausa tardia. “Se depois da menopausa, ela receber hormônio, o risco relativo de desenvolver a doença aumenta”. Porém, o mastologista chama a atenção para uma diferença: “o risco não é maior do que se ela estivesse menstruando espontaneamente no ciclo menstrual, porque a quantidade de hormônio utilizada para o tratamento é menor do que ela produziria”, explica.
Portanto, cabe ao médico analisar as necessidades da paciente e optar ou não pelo tratamento de reposição hormonal. “O que não pode é utilizar o tratamento em pacientes que não necessitam dessa reposição, não apresentam sintomas que interferem na sua qualidade de vida, e podem optar, por exemplo, por um estilo de vida mais saudável e exercícios físicos para manter a saúde após menopausa”, completa. De acordo com o médico, como quaisquer medicamentos, os hormônios apresentam riscos e benefícios, e cabe ao médico, com consentimento da paciente, fazer a utilização da terapia na dose certa e pelo período de tempo adequado.
Outros fatores de risco
Segundo Dr. Gustavo de Souza, quando falamos sobre causas do câncer de mama, em primeiro lugar está o sexo, já que 99% dos casos da doença ocorrem em mulheres. Depois, está a idade, pois o risco aumenta a cada ano que passa. “Já a hereditariedade tem importância, mas nem como todo mundo acredita. Hoje sabemos que a cada 100 casos de câncer de mama diagnosticado, cerca de 8 a 10 possui relação com a hereditariedade, principalmente, para a mulher cuja mãe ou irmã teve câncer de mama antes dos 40 anos ou câncer de mama bilateral”.
Para o especialista, toda mulher deve ter conhecimento sobre esse tumor. “Conheça as suas mamas (autoexame) e procure a orientação do seu médico (ginecologista, mastologista, médico de família, etc.) para saber quando você deve entrar em programa de rastreamento com imagens, como a mamografia. Lembre-se que a abordagem terapêutica adequada à cada paciente aumenta a probabilidade de cura com menos sequelas ao tratamento aplicado”, finaliza.
Sobre a São Leopoldo Mandic:
Considerada, há 13 anos consecutivos, uma das dez melhores instituições de ensino superior do País segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a Faculdade São Leopoldo Mandic reúne, em seu corpo docente, professores doutores com vasta produção científica, formados pelas melhores instituições de ensino do Brasil e do Exterior. Estruturada com laboratórios de última geração, clínicas odontológicas completas, cenários de prática em hospitais e Unidades Básicas de Saúde conveniados, a Instituição oferece aos alunos vivência prática nos cursos de Odontologia e de Medicina desde o 1º ano, bem como atividades de pesquisa e prestação de serviços comunitários. Dispõe de laboratórios de simulação realística, recursos modernos para diagnóstico e treinamento e HUB de Inovação que estão a serviço dos cursos de graduação e pós-graduação. Conta também com projetos de extensão como o Barco da Saúde, que leva atendimento médico e odontológico às comunidades carentes. A Faculdade São Leopoldo Mandic possui outras oito unidades distribuídas pelo País, que oferecem cursos de pós-graduação e mais uma unidade de graduação em Medicina, na cidade de Araras (SP). Canais: slmandic.edu.br; facebook.com/saoleopoldomandic.
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