SLMANDIC recebe alunos da Escola Municipal de Hortolândia
O mês de setembro é especial para a comunidade surda, pois são comemoradas datas importantes que marcam as lutas pelos seus direitos linguísticos e culturais.
A Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, possui a disciplina de Libras – Língua Brasileira de Sinais – em seu curso de graduação em Odontologia e, em apoio a esta causa, recebeu nesta última quinta-feira, 20 de setembro, alunos da Escola Municipal de Hortolândia, que tiveram a oportunidade de se comunicar com os futuros cirurgiões-dentistas e conhecer as clínicas odontológicas da Instituição e interagir em língua de sinais.
Os alunos do curso de Odontologia, a professora de Libras, Kátia Curado, que também é professora dos alunos da Escola de Hortolândia, e a Coordenadora da Graduação em Odontologia da São Leopoldo Mandic, Fabiana Mantovani Gomes França, tiveram a oportunidade de se comunicar com os alunos da Escola Municipal de Hortolândia na língua de sinais e mostrar o trabalho da Instituição.
“Tenho muito orgulho em trabalhar em uma Instituição de Ensino que estimula e pratica a inclusão, independente de Leis e Decretos”, diz a professora Kátia Curado. “Eu agradeço imensamente à Direção e Coordenação por terem possibilitado uma tarde tão enriquecedora juntos dos alunos da escola”.
O objetivo deste evento foi avaliar como os futuros profissionais estariam preparados para atender pacientes surdos nos seus consultórios e de que forma fariam o acolhimento tanto de crianças quanto adultos que têm este tipo de deficiência.
Para o aluno Guilherme Estevan Cardozo Alexandrino, de 11 anos, este foi o dia mais importante da vida dele. Contou que nunca tinha ido ao dentista porque tinha medo do motorzinho. Mas, neste dia, as meninas mostraram o motor e ele perdeu o medo.
Confira um pouco do evento no vídeo e nas fotos abaixo:
Alunos de Medicina assistem à palestra “Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho”
Os alunos do 7º período do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, assistiram, no dia 23 de maio, à palestra “Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho”, ministrada pela Dr.a Ana Cláudia Fávero, especialista em Medicina do Trabalho, pós-graduada em Gestão Estratégica em Diversidade e Inclusão.
Na palestra, Fávero falou sobre a Lei de Cotas, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência), o Código de Conduta do Médico do Trabalho, preconceito, trabalho adaptado, como o médico deve avaliar uma pessoa com deficiência e a sua aptidão para o trabalho, como preencher o laudo de enquadramento, entre outros assuntos.
Foi colocada em discussão a dificuldade dos médicos em reconhecer a capacidade da pessoa com deficiência para exercer uma profissão. “É preciso romper com o preconceito. O médico, quando atende uma pessoa com deficiência, muitas vezes pensa nas coisas que ela não é capaz de fazer. Temos que aprender a pensar justamente o contrário, ou seja, entender quais são as habilidades daquela pessoa”, comentou a palestrante. Para ela, o médico precisa saber ouvir o paciente, demonstrando interesse pela realidade dele, para que ele possa desempenhar determinada atividade da melhor forma possível. “Nós médicos, temos cada vez mais que entender que, em cada paciente, existe uma pessoa inserida num contexto social e, muitas vezes, a não permissão a determinada atividade por ser uma pessoa com deficiência, pode tirar dela o direito de inserir-se no mercado de trabalho”.
A palestra aconteceu em uma das aulas da disciplina de Atenção Primária à Saúde 7 – Saúde do Homem e do Trabalhador, coordenada pelos professores Dr. Giuliano Dimarzio e Dr.a Ana Paraguay. Dimarzio esclarece que esse tipo de atividade, dentro do curso de Medicina, tem o objetivo de reforçar o debate sobre a relação entre o trabalho e a saúde. “As pessoas com deficiência merecem cuidado e sua inserção no mercado de trabalho deve acontecer dentro de uma política de inclusão”.