Pesquisa avalia eficiência de diferentes métodos de higiene de aparelhos ortodônticos
Um estudo desenvolvido na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, avaliou a eficiência de três métodos de limpeza (água corrente, escovação com dentifrício fluoretado, Corega Tabs e Buccal Protect) dos aparelhos ortodônticos transparentes termoformados de material similar (PETG) aos aparelhos do tipo Alinhadores estéticos ou Aligners. Foram avaliados 20 indivíduos, durante o período de 14 dias por 8h/dia (enquanto em outros estudos semelhantes o uso é de 22 horas ao dia), na tentativa de estabelecer um protocolo de limpeza para estes aparelhos.
Para cada um dos participantes foram realizadas as culturas em placas nos meios: Ágar Sabourad (utilizado para cultura de fungos); Ágar Macconkey (cultivo de bactérias Gram negativas, seletivo para enterobactérias); Ágar Müeller Hinton (meio não seletivo, geralmente utilizado para avaliar crescimento de estafilococos); Ágar Nutriente (meio não seletivo, muito utilizado para cultivo de cocos Gram positivos), e Ágar Mitis Salivarius (utilizado para a cultura de S.mutans).
Segundo Fernanda Rodrigues de Brito, aluna do Mestrado em Ortodontia e responsável pelo estudo, não houve crescimento microbiológico nos meios de cultura Ágar Sabouraud e Ágar Macconkey. Em todos os outros meios de cultura, os agentes de limpeza Buccal Protect e Corega Tabs foram mais eficazes – com redução bacteriana de 100%.”, explicou ela.
A pesquisadora destacou ainda que o método utilizando a escova dental associada a dentifrício apresentou redução de 76% no meio de cultura Águar Mitis Salivarius, 83% no meio Ágar Nutriente e 96% no Ágar Mueller Hinton, sendo um pouco mais eficiente em comparação ao grupo que utilizou água e que apresentou redução de 73,53%, 83% e 71%, respectivamente”, explicou ela.
De acordo com a Prof.ª Dr.ª Selly Sayuri Suzuki, orientadora do estudo e professora da Pós-Graduação em Ortodontia da SLMANDIC, para a obtenção dos resultados foram considerados o número de colônias de bactérias cultivadas através de amostras colhidas nos aparelhos após a higienização. “Quando comparados, Corega Tabs e Buccal Protect foram mais eficientes que a escova de dentes com creme dental, que por sua vez, teve melhor resultado do que somente o enxágue com água; com isso é possível concluir que tanto o Buccal Protect quanto o Corega Tabs são boas alternativas de agentes químicos para a limpeza dos aparelhos ortodônticos termoplásticos”, resumiu a professora.
Para as pesquisadoras, esses resultados vão de encontro à realidade: a comunidade científica de saúde coletiva é unânime na preocupação com a proliferação microbiana na cavidade bucal, tendo em vista a sua reconhecida inter-relação com transtornos sistêmicos de morbidades. Além disso, este pode ser o estímulo, não apenas para a realização de outros estudos semelhantes, levando em consideração outros produtos, mas também para o desenvolvimento de protocolos práticos e eficazes para este tipo específico de aparelho ortodôntico feito de material PETG termoformado. Isso porque embora a escovação com dentifrício possa ser o método mais escolhido pelos dentistas para higiene de aparelhos ortodônticos removíveis formado de resina acrílica, para o material PETG termoformado utilizados tanto em aparelhos de contenção quanto em Alinhadores Estéticos, o método de escovação com dentifrício pode não ser o mais indicado possivelmente por criar microranhuras/fissuras possibilitando o acúmulo de bactérias, como aponta o estudo.
Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2004, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas na área de saúde, desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.
Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de fomento direto pela Faculdade São Leopoldo Mandic, parcerias e convênios com empresas, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro através dos órgãos públicos como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Protocolo de planejamento virtual para cirurgias ortognáticas é testado em estudo
Um estudo realizado na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, comparou o tradicional protocolo de planejamento para cirurgias ortognáticas, denominado CASS, com uma versão modificada do mesmo. O objetivo foi apontar a previsibilidade e confiabilidade de ambos no que diz respeito às cirurgias ortognáticas. De acordo com Flávio Wellington da Silva Ferraz, aluno do Mestrado em Ortodontia e responsável pela pesquisa, foram operados 21 pacientes, que constituíram dois grupos, cada grupo utilizando um tipo de protocolo. Como resultado principal deste estudo, notou-se que os dois protocolos são previsíveis e confiáveis.
O planejamento virtual para cirurgia ortognática baseado em tomografias computadorizadas tornou esse procedimento muito preciso e previsível. O protocolo CASS tornou esse tipo de planejamento usual pela substituição dos dentes da tomografia por dentes dos modelos de gesso escaneados além de posicionar corretamente o crânio para a simulação cirúrgica. Com o objetivo de simplificar o protocolo CASS e incorporar novas tecnologias como o escaneamento intraoral ao método, os autores compararam os resultados cirúrgicos dos pacientes operados por cirurgía ortognática bimaxilar planejadas com o protocolo CASS e com o protocolo CASS modificado. Os resultados mostraram que as modificações propostas mantiveram a previsibilidade e precisão alcançadas pelo protocolo CASS tornando-o mais acessível e atual.
A pesquisa apontou ainda algumas especificidades de cada protocolo. No que diz respeito aos padrões atestados na literatura científica como ideais para atingir o sucesso de uma cirurgia ortognática, ambos os protocolos apresentaram acurácia. Já em relação ao posicionamento da mandíbula, o protocolo CASS modificado foi superior em precisão, com variações estatisticamente significantes. Por fim, a segurança do procedimento é melhor percebida em casos que utilizaram o protocolo CASS modificado.
O fato do protocolo modificado ter apresentado melhores resultados está associado ao uso de novas tecnologias, como explica o Prof. Dr. Maurício de Almeida Cardoso, orientador do estudo. “A busca por métodos que permitam a execução de uma cirurgia cada vez mais segura e previsível é de grande importância na vida clínica do cirurgião bucomaxilofacial. Por outro lado, novas tecnologias têm sido incorporadas ao planejamento, na tentativa de diminuir o tempo de planejamento, torná-lo mais acessível, mais preciso e previsível”. Para os pesquisadores, os resultados deste estudo se somam a outros da literatura, que buscam aprimorar as técnicas utilizadas em procedimentos ortodônticos, oferecendo aos pacientes resultados cada vez mais previsíveis.
Cirurgias Ortognáticas
As cirurgias para correção das deformidades da face, como queixo longo ou curto, são denominadas ortognáticas. Para serem executadas, precisam de um planejamento minucioso, realizado em computador, que é baseado no exame de tomografia computadorizada e na moldagem digital dos dentes, por meio de escâneres. A forma de se realizar a tomografia e o escaneamento da boca é definida por protocolos estabelecidos pela comunidade científica.
Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2004, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas na área de saúde, desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.
Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de fomento direto pela Faculdade São Leopoldo Mandic, parcerias e convênios com empresas, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro através dos órgãos públicos como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Mestrandos em Ortodontia participam de aula especial sobre reabsorção dentária
A Faculdade São Leopoldo Mandic recebe o Prof. Dr. Alberto Consolaro, no curso coordenado pelo Prof. Dr. Hideo Suzuki, para falar sobre reabsorção dentária relacionada à Ortodontia.
Nesta terça-feira (18/02), os alunos do curso de Mestrado em Ortodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic assistiram a uma aula especial sobre reabsorção dentária e a biologia da movimentação ortodôntica, ministrada pelo Prof. Dr. Alberto Consolaro, docente da Faculdade de Odontologia da USP de Bauru.
Na entrevista, o Prof. Consolaro disse que estudar a parte clínica e científica da biologia da movimentação ortodôntica é fundamental para a formação dos ortodontistas.
O convidado, referência em realizar pesquisas na área em questão, justifica que uma das consequências ruins dos tratamentos ortodônticos é a absorção de raízes e que estas surgem em decorrência do excesso de força que o profissional pode exercer durante o procedimento. “Como há uma falta de tecnologia para mensurar a força limite que podemos exercer em cada caso, a prática se torna necessária, a mão tem que estar treinada para não ultrapassar o limite de cada paciente. E esta situação é aprendida na clínica, na prática”, concluiu.