Existem várias opções para o manejo da cárie, assim como novos materiais restauradores e novas técnicas de utilização. Tudo isso torna ainda mais difícil a decisão de escolha pela melhor técnica e pelo melhor material restaurador pelo profissional, principalmente quando realizado em dentes decíduos de crianças, bastante destruídos.

A aluna de mestrado em Odontopediatria, Monica Mayer de Oliveira Zanola, orientada pelo Prof. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato e pela Prof.ª Dra. Thaís Gimenez Cóvos, fez um trabalho sobre a influência do tamanho da cavidade na sobrevida de lesões de cáries atípicas restauradas com diferentes técnicas: Hall technique e resina composta.

Para isso, realizou um estudo clínico em crianças de 6 a 9 anos, no município de Chopinzinho, no Paraná, usando duas técnicas de abordagem de tecido cariado (remoção seletiva e remoção não seletiva) e dois materiais restauradores (resina composta e aço inoxidável) em 20 molares decíduos, com o objetivo de avaliar se a longevidade foi afetada pelo tamanho das cavidades.

Os dentes das crianças foram avaliados clínica e radiograficamente após seis meses, e os dados foram analisados de maneira descritiva, verificando a influência do tamanho da cavidade na sobrevida das restaurações nos dois grupos.

Concluiu-se que, apesar das duas diferentes abordagens, o tamanho da cavidade não teve influência na sobrevida das restaurações em ambas as técnicas. No entanto, um tempo maior de acompanhamento e mais estudos clínicos randomizados devem ser realizados para a garantia do sucesso clínico.