Aluno da SLMANDIC traça perfil de portadores de carcinoma de células escamosas de boca
O carcinoma de células escamosas de boca é uma neoplasia maligna, responsável por cerca de 95% das lesões malignas que têm origem no tecido que reveste a boca. Esse carcinoma é bastante agressivo, tem alto potencial para gerar metástases e é causa significativa de morbidade e mortalidade em todo o mundo.
Para aprofundar as informações existentes sobre o perfil epidemiológico do portador dessa doença, Alexandre Bittencourt, aluno de mestrado da Faculdade São Leopoldo Mandic, analisou 890 casos de carcinoma de células escamosas de boca diagnosticados no Serviço de Patologia de Pesquisas Odontológicas São Leopoldo Mandic, desde sua implantação, em setembro de 2001, até 12 de fevereiro de 2016.
A pesquisa avaliou a distribuição das lesões quanto a sua frequência, à raça, ao sexo, à idade, ao seu aspecto clínico e a sua localização.
Por meio de análises estatísticas, Bittencourt verificou que a lesão foi predominantemente encontrada em pacientes brancos (68,2%), na maioria homens, com pico entre 50 e 69 anos e idade média de 60,6 anos. Houve predomínio de lesões ulceradas (54,7%) no lábio (16,7%), seguido pelo assoalho bucal (16%) e língua (15%).
“Conhecer o perfil dos portadores de carcinoma de células escamosas de boca é fundamental para auxiliar o direcionamento das campanhas de prevenção e realizar o diagnóstico precoce dessa patologia”, afirma o aluno que foi orientado pelo professor doutor Luiz Roberto Manhães Júnior.
Pesquisa avalia relação entre asma e bruxismo em crianças
A literatura científica sugere que existe uma associação entre bruxismo e asma, já que ambos causariam alterações na atividade da dopamina no organismo. Para investigar a associação entre as duas doenças, Angela Assoni de Souza, aluna de doutorado da Faculdade São Leopoldo Mandic, comparou o nível de dopamina excretado na urina de crianças em idade pré-escolar saudáveis, com bruxismo e asma.
Para realizar o estudo, os pais das crianças examinadas responderam perguntas sobre os hábitos de apertamento dos dentes durante o dia e a noite, fadiga e dificuldade em abrir a boca, e aspectos psicológicos. As crianças também foram submetidas a um exame clínico oral para confirmar o bruxismo. Em seguida, foi coletada a urina de 12 pacientes asmáticos e 12 saudáveis durante 24 horas para medir a dopamina.
Souza constatou que as crianças asmáticas apresentaram 2,9 vezes mais chances de bruxismo do que as saudáveis. Além disso, crianças com tensão ou nervosismo apresentaram 2,5 mais chances de ter bruxismo do que as saudáveis. Porém, em relação à quantidade de dopamina nas amostras de urina, não houve diferença entre crianças com ou sem bruxismo.
“Os resultados mostram que a asma tem relação com o bruxismo, mas a dopamina não se mostrou nas crianças com bruxismo”, concluiu a aluna que foi orientada pelo professor Doutor José Carlos Pettorossi Imparato.
Estudo avalia a lateralização de nervo alveolar em pacientes com pouco osso na mandíbula
A técnica de lateralização do nervo alveolar inferior é uma opção para fazer implantes em pacientes que têm a mandíbula severamente atrofiada. Ela move o nervo para o lado e instala imediatamente o implante no osso da mandíbula do paciente. Já no tratamento convencional, é feito um enxerto de osso para ganhar altura e é preciso esperar para colocar o implante.
Com o objetivo de avaliar as alterações sensoriais do nervo alveolar após a cirurgia de lateralização, o aluno de mestrado da faculdade São Leopoldo Mandic, Cleiton Gaubi de Campos avaliou 34 pacientes que passaram pela instalação imediata de 82 implantes.
Todos os pacientes foram operados pelo mesmo cirurgião e, após 6 meses do procedimento, uma tomografia pós-operatória foi analisada e eles responderam a um questionário sobre a presença de alteração sensorial.
Campos constatou que a lateralização do nervo é uma técnica eficiente para instalar implantes. Embora todos os pacientes tenham relatado perturbação sensorial inicial – que desapareceu ao longo do tempo -, a taxa de sucesso dos implantes foi de 97,05%.
“O paciente deve estar ciente das particularidades do pós-operatório para aceitar bem a técnica. O procedimento tem riscos e complicações, e o cirurgião deve ser especializado e treinado para realizar a cirurgia com segurança”, ressaltou o aluno da Implantodontia, que foi orientado pelo professor doutor Bruno Salles Sotto Maior.
Pesquisa compara a temperatura gerada durante a instalação de implantes dentários
Durante a cirurgia para colocar implantes dentários ocorre a geração de calor, o que poderia causar a destruição do osso ao redor deles e o fracasso do tratamento. Josiane Nascimento dos Santos Melo, aluna de mestrado da São Leopoldo Mandic, fez uma pesquisa com a finalidade de verificar a relação entre implantes de diferentes diâmetros e o aquecimento ósseo durante a sua inserção.
No estudo, Melo comparou o aquecimento do osso durante a colocação de implantes de diferentes larguras (3.5, 4.3 e 5.0 milímetros). Ela constatou que não houve aumento de temperatura capaz de provocar a destruição do osso, em nenhuma das situações, nem na região mais superficial (osso mais duro), nem na mais profunda (osso mais maleável). No entanto, dentre as larguras de implantes analisadas, a que gerou o maior aumento de temperatura foi o implante de 4.3 milímetros.
A aluna da Implantodontia foi orientada pelo Professor Doutor Victor Montalli.
Pesquisa faz levantamento demográfico e clínico de casos de Paracoccidioidomicose
A paracoccidiodomicose é uma micose sistêmica que é um sério problema de saúde pública e que afeta vários países da América Latina e, especialmente, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com 80% dos casos.
Dentre todos os sintomas dessa doença, as lesões orais – que afetam a gengiva, a mucosa bucal, o palato duro, os lábios e a língua – são os mais frequentes. Por esse motivo, conhecer as características da paracoccidiodomicose é importante para o estomatologista e o patologista atuarem no diagnóstico e tratamento dessa micose. A pesquisa realizada pela aluna de mestrado da São Leopoldo Mandic, Catarina Rodrigues Rosa de Oliveira, analisou a ficha de 118 pacientes com diagnóstico confirmado da doença a fim de avaliar se há algum padrão nos pacientes com diagnóstico confirmado, no Laboratório de Patologia Bucal da cidade de Campinas (SP).
Nas fichas desses pacientes, Oliveira buscou diversos dados, como idade, sexo, raça, moradia, etilismo, tabagismo, local das lesões e presença de outras doenças e deformidades. Todos os 118 casos de paracoccidiodomicose apresentavam lesões na boca, mais de 50% eram fumantes e 28% bebiam, moravam em Campinas, eram do sexo masculino, brancos, com mais de 40 anos de idade e apresentavam outras doenças.
A aluna concluiu que “a pesquisa trouxe valiosas informações, demonstrando que as lesões orais em todos os casos avaliados é um importante indicativo de que a paracoccidiodomicose causa uma infecção local que pode invadir outros órgãos”. Ela foi orientada pelo professor Doutor Ney Soares de Araújo.
Estudo avalia o impacto de tratamentos restauradores em crianças de 7 a 9 anos de idade com cárie, em município de Goiás
A prevalência de cárie no Brasil ainda é um grave problema de saúde pública. Uma parte significativa da população, incluindo crianças e adolescentes, sofre com os impactos negativos da cárie dentária em sua qualidade de vida.
Para explorar alguns aspectos dessa realidade, a aluna de Mestrado em Odontopediatria da São Leopoldo Mandic, Patrícia Alves de Moura, orientada pelo professor doutor José Carlos Imparato, fez uma pesquisa que avaliou o impacto de tratamentos restauradores na qualidade de vida – relacionada à saúde bucal – de crianças de 7 a 9 anos com cárie, no município de Nova Gama, em Goiás.
No estudo, as crianças foram divididas em dois grupos: um foi tratado com Hall Technique (técnica que dispensa perfurações) e o outro com resina composta (método convencional). O resultado desses tratamentos foi mensurado por meio de um questionário aplicado antes do procedimento e após seis meses.
Em ambos os tratamentos, Moura avaliou que houve melhora na qualidade de vida das crianças com relação a diversos aspectos, como dor, mastigação, sono, autoestima, convívio social, evasão escolar e rendimento nos estudos.
“Pacientes com condições de saúde bucal deficiente, quando têm acesso a tratamento, de qualquer tipo, apresentam melhoras físicas, sociais e emocionais”, concluiu a aluna.
Começa a IV edição do Seminário de Iniciação Científica da SLMANDIC
Começou nesta terça-feira, 3 de outubro, a quarta edição do Seminário de Iniciação Científica da Faculdade São Leopoldo Mandic (SEMIC), evento aberto aos alunos de graduação em Odontologia e Medicina, que têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos de Iniciação Científica e temas livres, sob orientação de professores das várias especialidades da Instituição.
Esta edição é composta por 91 trabalhos, apresentados da seguinte forma: 54 na versão oral e 37 painéis. Ao final das apresentações, os avaliadores irão classificar os três melhores nas categorias PIC (apresentação oral de graduandos que participaram do PIC 2016/2017), Pesquisa (apresentação em forma oral ou pôster de trabalhos de pesquisa não associados ao PIC) e Tema-livre (trabalhos provenientes de casos clínicos, em forma oral ou pôster), que receberão prêmios em dinheiro e certificados.
O evento iniciou com a palestra sobre “A História da humanidade contada pelos vírus”, ministrada pelo Prof. Stefan Cunha Ujvari, médico especialista em doenças infecciosas e parasitárias, infectologista do Hospital Oswaldo Cruz e autor de vários livros da área.
Às 16h30, o Prof. Sebastião Pratavieira, pesquisador do Laboratório de Biofotônica do Instituto de Física de São Carlos, com ênfase na interação luz-tecido biológico e no diagnóstico e tratamento de doenças, apresenta o tema “Biofotônica: aplicações da óptica na área da saúde” para os presentes.
Trabalho analisa as citocinas de maior expressão em pacientes com peri-implantite
A Peri-implantite é uma doença que envolve a liberação de citocinas, mediadores que irão orquestrar as etapas dos processos inflamatórios. Este processo inflamatório na gengiva e no osso ao redor do implante pode resultar na perda óssea, fazendo com que os implantes fiquem soltos.
A aluna do curso de Mestrado em Implantodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Andrea Queiroz Silveira, orientada pela Prof.ª Dra. Luciana Butini, avaliou a expressão de mediadores do processo inflamatório, que pode ocorrer em torno de implantes osseointegrados, comparando grupos com peri-implantite, mucosite, periodontite e pacientes saudáveis, de modo que pudessem ser utilizados como marcadores, norteando os clínicos na determinação de um diagnóstico mais precoce da doença.
No trabalho, foram estudadas 23 publicações e 11 foram submetidas à meta-análise de dados contínuos. Os resultados nas meta-análises referentes às citocinas obtidas no fluído crevicular peri-implantar revelaram que há forte associação com a peri-implantite, comparado aos grupos com saúde peri-implantar.
A conclusão apontou que pesquisas futuras devem ser realizadas para a obtenção de uma padronização dos parâmetros clínicos e radiográficos para o estabelecimento de uma classificação mais específica quanto à severidade da peri-implantite.
Estudo avalia incidência de fraturas de limas em retratamentos de canais
Apesar dos avanços metalúrgicos no processo de fabricação de limas de níquel-titânio, a fratura durante tratamentos e retratamentos endodônticos – indicados em casos em que a cura não foi alcançada com o tratamento primário -, continua a ser uma preocupação para os clínicos.
O propósito deste estudo da aluna de Mestrado em Endodontia da Faculdade São Leopoldo Mandic, Liliana Machado Ruivo, orientada pelo Coordenador do curso de Endodontia da São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. Carlos Eduardo da Silveira Bueno, foi avaliar a incidência de fratura das limas reciprocantes Reciproc® R25 (VDW, Munique, Alemanha), durante a remoção do material obturador em retratamentos de canais dentários, realizados por alunos do curso de Pós-graduação em Endodontia.
Para isso, foram selecionados 1016 prontuários de atendimentos e 2.544 canais de dentes que sofreram reintervenção endodôntica. Sete instrumentos fraturaram durante a utilização.
Com base nos resultados deste estudo, concluiu-se que a incidência de fraturas com a lima Reciproc® R25 é relativamente baixa, o que possibilita o seu uso com total segurança.
Trabalho de Mestrado de Professora da SLMANDIC é citado na Folha de S. Paulo
A professora do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, a médica infectologista Valéria Correa de Almeida, faz uma análise da ocorrência e reinfecção da sífilis em adolescentes e adultos de ambos os sexos, em pesquisa publicada na “Revista de Saúde Pública”, da Faculdade de Saúde Pública da USP, e comentada no jornal Folha de S. Paulo, na coluna de Julio Abramczyk.
A pesquisa fez parte de seu trabalho de Mestrado e contou com a colaboração de Maria Rita Donalisio e Ricardo Cordeiro.
Segundo a pesquisa, no período entre 2014 e 2012, a sífilis representou 32,5% do total de 3.106 casos de doenças sexualmente transmissíveis tratados em um centro de referência.
Entre os indivíduos com diagnóstico de sífilis, 13,6 % apresentaram reinfecção pela doença. Das pessoas diagnosticadas com a doença, 69,3% não apresentavam sintomas ou queixas. A reinfecção por sífilis é preocupante e o portador que não for tratado ainda jovem ou adulto, poderá ter a doença evoluída até a fase de neurossífilis, caracterizada por alterações neurológicas, que podem ser confundidas com problemas circulatórios cerebrais ou com a doença de Alzeihmer, em casos de idosos.
Os autores também afirmam que o HIV agora é considerado uma doença crônica e estável, fato que pode ter levado a uma redução nos cuidados com as Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Para ler a reportagem, acesse o link abaixo: