A partir de palestra educativa, pesquisadores da Faculdade São Leopoldo Mandic avaliaram possível mudança de comportamento entre estudantes de pós-graduação em Saúde Coletiva

Os smartphones associados à internet possibilitam o acesso a uma ampla gama de funções que vão além das ligações telefônicas, no entanto, há quem defenda que seu uso pode ser um fator prejudicial: causando vícios, problemas de produtividade e de relação social. A partir desta temática, a aluna Luciana Drummond Loureiro, do Mestrado em Saúde Coletiva da Faculdade São Leopoldo Mandic, realizou uma abordagem educativa (palestra) sobre o uso do smartphone, o risco de dependência de internet e prejuízos ao longo da vida.

O objetivo foi entender o perfil de uso do smartphone entre os mestrandos e se a abordagem educativa promoveria alterações no padrão de uso e/ou diminuição na quantidade de usuários com problemas relacionados ao uso excessivo de smartphones. Para isso, foram avaliados 18 alunos, também do Mestrado em Saúde Coletiva da SLMANDIC. Segundo a Prof.ª Dr.ª Luciane Zanin Souza, a coleta de dados foi realizada utilizando um aplicativo compatível com Android e iOS, instalado no smartphone de cada participante, para identificar o padrão de uso do smartphone, além da aplicação de um questionário eletrônico antes e após a abordagem educativa contendo questões relacionadas ao perfil sócio econômico (sexo, idade, estado civil, profissão e renda) e a dependência em internet. “Empregando a metodologia proposta, nós pudemos observar a seguinte realidade: os participantes usam o smartphone, em média, quatro horas e meia por dia, sendo que o pico de uso mais frequente foi a noite”, explicou Luciana.

O estudo apontou ainda que no início da pesquisa, 42,9% dos participantes não apresentavam risco de dependência, 14,3% apresentavam risco médio e 42,8% apresentavam baixo risco. Após três meses da abordagem educativa, ocorreu uma alteração na frequência de dependência de internet em que usuários sem risco passaram a ser 50,0% da amostra, 35,7% com risco baixo e 14,3% com médio risco. Por fim, a pesquisadora fez um alerta: são necessários outros estudos que complementem a realidade obtida, na perspectiva de entender se uma abordagem educacional aplicada com mais frequência poderia conseguir uma mudança de comportamento mais significativa.

 

Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic

O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2004, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas na área de saúde, desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.

Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.

Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de fomento direto pela Faculdade São Leopoldo Mandic, parcerias e convênios com empresas, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro através dos órgãos públicos como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).