A obra foi publicada pela Springer Nature, a maior e mais importante editora de livros científicos do mundo
O professor da Faculdade São Leopoldo Mandic de Araras, Dr. Gustavo Alves, lançou recentemente o livro Pharmacological Treatment of Alzheimer’s Disease. A obra, escrita em inglês, aborda os principais aspectos clínicos e científicos envolvidos no tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer e foi publicada pela editora alemã Springer Nature, a mais prestigiosa editora científica do mundo.
“Trata-se de um feito inédito que visa contribuir para a melhor compreensão e o tratamento da doença de Alzheimer e que foi alcançado por um farmacêutico e pesquisador brasileiro. Isso reflete a importância de darmos continuidade em nossos estudos sobre a doença. Afinal, embora o Alzheimer não tenha cura, pode ser tratado e os tratamentos disponíveis conseguem retardar o avanço desse distúrbio neurológico”, destaca ele.
Durante a elaboração do livro, o docente da Faculdade São Leopoldo Mandic contou com a colaboração de médicos, biomédicos e psicólogos especializados na causa do Alzheimer. “Não posso deixar de agradecer a todos que estiveram ao meu lado. Sem eles, essa conquista não seria possível”, destaca.
Além da obra, o Dr. Gustavo Alves também é o responsável pelo desenvolvimento de um novo modelo de diagnóstico da Doença de Alzheimer. O exame é feito por meio da saliva, de fácil coleta e de baixo custo. Inovador, o teste que está em fase de desenvolvimento, poderá detectar a doença com até 30 anos de antecedência.
Sobre a pesquisa
A pesquisa começou em 2008, durante o Mestrado do Dr. Gustavo Alves, com os primeiros biomarcadores identificados, seguido pelos biomarcadores salivares, já no Doutorado (2013 – 2016), com o objetivo de desenvolver um Kit Biomarcador Salivar para Doença de Alzheimer não invasivo, com baixo custo e sem risco de infecções (sem puncionamento). No final do Pós-Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, em 2021, foi possível constatar a viabilidade quanto à realização do teste de saliva, um método inédito.
“Não existe atualmente o diagnóstico para a doença de Alzheimer pela saliva”, comenta Dr. Gustavo. “O diagnóstico só é possível graças a múltiplas avaliações em conjunto: imagem, sangue e comportamento. O nosso projeto – que conta com uma equipe de cientistas, envolvendo laboratórios de Anatomia e Cirurgia e também de Biologia Molecular – visa reduzir a complexidade dos diagnósticos existentes, ser mais efetivo e preciso, além de ter caráter preditivo”, completa.
O processo fisiopatológico da Doença de Alzheimer começa aproximadamente 30 anos antes dos sintomas iniciais. “Identificamos algumas proteínas liberadas na saliva que estão diretamente associadas ao surgimento e evolução da Doença de Alzheimer, as quais são responsáveis pela formação das placas senis e os emaranhados neurofibrilares. Correlacionamos estas proteínas a outros marcadores sanguíneos, todos envolvidos direta ou indiretamente com a Doença de Alzheimer. Além destas duas proteínas, outras substâncias foram detectadas na saliva e sangue, todas relacionadas ao Alzheimer”.
A viabilidade deste método foi apresentada em congressos e conferências internacionais, em Toronto(CA), Los Angeles(USA) e Chicago(USA). O projeto foi semifinalista no Falling Walls Brazil, concurso com mais de 150 projetos de Pesquisa, cuja final ocorreu em Berlim, em 2018.
Sobre a Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer é a demência mais comum entre idosos, correspondendo a cerca de 65% dos casos. Acomete indivíduos principalmente entre os 60 e 90 anos de idade. A doença não tem cura e os tratamentos disponíveis conseguem apenas retardar o avanço da doença.
Existem 47 milhões de pessoas no mundo com Alzheimer. No Brasil, são registrados cerca de 55 mil novos casos de Alzheimer por ano. No mundo, os dados são de 10 milhões de novos casos por ano.
Os métodos diagnósticos atuais são baseados em avaliações de imagem, sangue e comportamento para fechamento da hipótese diagnóstica.
Dr. Gustavo Alves é Farmacêutico, com Mestrado em Farmácia e Doutorado em Biotecnologia, e pesquisador em Alzheimer. Tem Pós-doutorado na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, e está iniciando um segundo Pós-doutorado na USP, que envolve o desenvolvimento do método diagnóstico inédito por meio da saliva.
Sobre a São Leopoldo Mandic
Considerada, há 13 anos consecutivos, uma das dez melhores instituições de ensino superior do País segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) do MEC, a Faculdade São Leopoldo Mandic reúne, em seu corpo docente, professores doutores com vasta produção científica formados pelas melhores instituições de ensino do Brasil e do Exterior. Estruturada com laboratórios de última geração, clínicas odontológicas completas, cenários de prática em hospitais e Unidades Básicas de Saúde conveniados, a Instituição oferece aos alunos vivência prática nos cursos de Odontologia e de Medicina desde o 1º ano, bem como atividades de pesquisa e prestação de serviços comunitários. Dispõe de laboratórios de simulação realística, recursos modernos para diagnóstico e treinamento e HUB de Inovação, que estão a serviço dos cursos de graduação e pós-graduação. Conta também com projetos de extensão como o Barco da Saúde, que leva atendimento médico e odontológico às comunidades carentes. A Faculdade São Leopoldo Mandic possui outras oito unidades distribuídas pelo País, que oferecem cursos de pós-graduação e mais uma unidade de graduação em Medicina, na cidade de Araras (SP). Canais: slmandic.edu.br; facebook.com/saoleopoldomandic; instagram.com/saoleopoldomandic/.
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