Fórum busca a interação entre pró-reitores e promove a discussão sobre os caminhos da pós-graduação no país
Aconteceu nesta sexta-feira (13/09), na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, o Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Sudeste. O evento, que reuniu representantes de 44 Universidades da região, foi aberto com a fala do Prof. Dr. Marcelo Napimoga, Diretor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Instituição, que destacou a satisfação da SLMANDIC em receber o Fórum e a importância das discussões para as Instituições de Ensino Superior.
Em seguida, Carlos Henrique de Carvalho, Coordenador do Foprop na região Sudeste, enfatizou a importância da parceria estabelecida com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) com a SLMANDIC para que o evento fosse possível. A Diretora Acadêmica da SLMANDIC, Ana Maria Rettl, destacou por meio da Pós-Graduação que se iniciou as atividades da Faculdade.
A primeira palestra da manhã foi com Mauro Luiz Rabelo, Diretor de Relações Internacionais da Capes. Em sua fala, destacou a evolução da Pós-Graduação no país, que segundo ele, cresce de forma exponencial e a importância da internacionalização da pesquisa no país. “A Capes tem um programa, o PrInt, que estimula o avanço institucional na internacionalização das Instituições de Ensino Superior brasileiras, resultando na competitividade e visibilidade da produção científica do País”.
Rabelo pontuou ainda que as ações em prol de uma parceria forte com instituições internacionais, que são apoiadas pela Capes, vão além do ensino superior. O Fulbright é um programa que leva professores da educação básica para um curso de seis semanas no Estados Unidos. E concluiu informando aos participantes do Fórum que “o orçamento da CAPES para 2020 crescerá R$ 600 milhões. O valor total subiu de R$2,45 bilhões para R$3,05 bilhões, porém, ainda falta R$1 bilhão e pouco para se igualar ao orçamento de 2019”.
Na segunda palestra do dia, Carlos Henrique de Brito Cruz, Diretor Científico da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), ressaltou para os pró-reitores a importância não apenas de produzir ciência, mas de apresentar os resultados para a sociedade, que espera que a aplicação do dinheiro dos impostos seja em coisas palpáveis. Brito falou ainda sobre as três dimensões necessárias para a ciência: intelectual, social e econômica. “Os sistemas têm que ter as três dimensões, é essa união que gera a simpatia da sociedade, e com isso, a aceitação dos investimentos”.
O Diretor apresentou dados que mostram a diferença entre o Brasil e outros países em relação à presença de pesquisadores em empresas, parcerias entre universidades e empresas, números de artigos publicados anualmente, e concluiu mostrando o crescimento anual da interação ente as universidades brasileiras e internacionais. Esta interação cresce, desde 1990, 14% ao ano, o demonstra que o Brasil tem fortes relações científicas estabelecidas no exterior, configurando o que o pesquisador definiu como: tem muitas universidades que fazem poucas interações, mas muitas que fazem muitas”, concluiu.