No segundo dia do Encontro, a regeneração óssea foi o tema da fala do implantodontista Nelson Pinto, que é também professor da Universidad dos Andes e Universidad Católica do Chile. O professor reuniu diferentes casos clínicos para apresentar diferentes especificidades desta técnica.
“A regeneração óssea é uma técnica que é comumente utilizada na medicina e na odontologia, e para alcançar os melhores resultados, deve levar em consideração as características fisiológicas particulares de cada indivíduo”, destacou o implantodontista.
A regeneração óssea é um dos grandes desafios, quando um elemento dental é perdido acontece uma remodelação óssea. Mas algumas vezes ela não é suficiente para manter o implante bem fixado. Nesse caso indica-se o enxerto ósseo no maxilar.
Porém, para esse tipo de procedimento, algumas vezes é indicado tirar um pedaço de osso de outra parte do corpo do paciente para fazer o enxerto, técnica bem mais invasiva. Como demonstrado na palestra, o uso de materiais sintéticos tem se tornado frequente, uma vantagem é o tempo de trabalho e também o controle de células indesejáveis.
Em seguida, Rafael Metropolo, mestre e especialista em periodontia, reabilitação oral e implantodontia, em sua palestra “Protocolos Reconstrutivos vs Abordagens Simplificadas em casos complexos”, apresentou 10 casos clínicos para discutir protocolos reconstrutivos. “Ao desenvolver protocolo de trabalho, este deve estar em conformidade com o indivíduo; na tentativa de ser menos invasivo, mórbido e oneroso ao paciente”, disse ele. Para o especialista, os protocolos reconstrutivos devem estar sempre aliados ao processo de tomada de decisão, uma vez que na implantodontia muitas questões se definem no ato da cirurgia.
Na parte da tarde, o professor doutor João Batista de Cesar Neto, trouxe o tema “Peri-implantite: Salvar ou condenar? ”, que abordou a regeneração periodontal. A partir de uma “árvore” de tomada de decisões aliada a casos clínicos, discutiu-se possibilidades e situações da área da peri-implantite. “Para os procedimentos de peri-implantite, é necessário que haja um contato frequente com o paciente e controle do procedimento por um longo tempo após a conclusão do procedimento”, destacou o especialista. Essa ação, conforme mostram evidências científicas, diminui o número de casos reincidentes.
Em “Estética e Longevidade na Implantodontia”, a última palestra do Encontro, o professor doutor Carlos Eduardo Francischone, trouxe diferentes casos clínicos, entre eles um procedimento desenvolvido por um ex-aluno da Faculdade São Leopoldo Mandic, José Carlos Martins da Rosa sobre “Restauração dentoalveolar imediata”. Este procedimento cirúrgico-protético é desenvolvido para o tratamento do alvéolo dentário pós-exodontia.
O professor abordou diferentes técnicas aplicáveis no campo da estética bucal. “Para que os implantes estéticos tenham maior longevidade, algumas etapas são fundamentais no procedimento: proteção cirúrgica, contorno gengival, foto polimerização, moldagem e seleção de cor”, pontuou.
Em seguida os alunos das duas faculdades apresentaram seus trabalhos acadêmicos. As atividades do 5º Encontro Universitário foram encerradas com a realização de um coquetel.