I Simpósio de Financiamento reuniu granes nomes dos sistemas de saúde público e privado
Nesta última segunda-feira, 26/8, aconteceu o I Simpósio de Financiamento dos Sistemas de Saúde no Brasil e os Novos Modelos de Remuneração, na sede da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas. O evento reuniu grandes nomes da área, como Mario Scheffer, professor Doutor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP); o médico e diretor do Ministério da Saúde, Marcelo Campos de Oliveira, e Geraldo Alckmin, ex-Governador e atual docente da SLMANDIC, entre outros.
A abertura do evento contou com a fala do professor doutor Thiago Trapé, um dos organizadores do evento; destacando a importância de discutir o tema que afeta os sistemas público e privado da saúde do país.
Francisco Balestrin abordou os modelos de gestão e como capacitar executivos na área da saúde. “Entre as características que se espera de um gestor em saúde destaca-se a liderança, a responsabilidade social e o conhecimento da área”, pontuou.
Mesas redondas para discussão do cenário brasileiro em saúde
A primeira mesa do Simpósio “Cenário de Financiamento em saúde no Brasil”, reuniu Marcelo Campos de Oliveira, Thiago Trapé, Geraldo Alckmin e Erickson Blun. O médico e diretor do Ministério da Saúde, Marcelo Campos de Oliveira, fez uma rápida fala sobre modelos de financiamento e leis criadas para a otimização do recurso público destinado à saúde. Doutor Thiago Trapé trouxe um amplo contexto histórico dos sistemas de saúde, internacionais e nacionais, apresentando números e dados de cada um deles, ressaltando os pontos fortes de cada sistema. “Todos os sistemas de saúde são estruturados a partir de elementos históricos, culturais, econômicos e políticos, além dos avanços tecnológicos”, disse ele.
Questões econômicas que envolvem o sistema de saúde do Brasil foi o foco da fala de Geraldo Alckmin, médico anestesiologista e professor da SLMANDIC. Alckmin enfatizou os inúmeros fatores que contribuem para a crise que afeta o sistema público de saúde do país. “O custo do uso de novas tecnologias, as novas necessidades da população, elevam os preços dos planos de saúde. Mais pessoas param de pagar e o sistema público sofre com a alta demanda. Este também está sofrendo com o baixo investimento por conta da crise, e a saúde como um todo fica prejudicada”, concluiu.
Planos de saúde
Erickson Blun, diretor presidente do Hospital Vera Cruz de Campinas, fez um contraponto das falas anteriores, trazendo as características do sistema privado de saúde e mostrou que o sistema privado, assim como o sistema público, sofre com a escassez de recursos financeiros. E destacou que pouco tem sido feito para evitar gastos equivocados por parte dos planos de saúde. “Poucas são as ações concretas capazes de colocar um fim nesta situação de excesso de exames, de procedimentos. Este cenário afeta a eficiência dos hospitais”, finalizou.
Na segunda mesa do Simpósio “O Cenário da Judicialização e o Impacto na Cadeia Produtiva do Setor Público e Suplementar”, o Coordenador de Graduação em Medicina da SLMANDIC, doutor Guilherme Succi, falou sobre o processo de Judicialização na saúde, apresentando dados sobre o atual cenário na área. “Novos tratamentos e medicamentos são os principais elementos que elevam o número de processos judiciais todos os anos”, afirmou o Coordenador.
Mario Scheffer, professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, também abordou o tema da judicialização. Ele afirmou que esta é a questão que mais influencia na qualidade dos serviços prestados pelos planos de saúde. “O reajuste nos planos de saúde está entre os fatores que mais aumentam a judicialização no Brasil, além do bloqueio de serviços e a desregulamentação. É importante destacar, ainda, que a população acima de 59 anos é a mais prejudicada neste cenário, ” afirmou Scheffer.
Tereza Gutierrez, advogada coordenadora do grupo ANAHP – Associação Nacional dos Hospitais Privados, apresentou as principais dificuldades enfrentadas pelos planos de saúde no processo de regulação, e destacou que são inúmeras as liminares envolvendo novos tratamentos. “O acesso à justiça não pode ser dificultado, mas o excesso de processos envolvendo a regulação é um problema que deve ser enfrentado para a sustentação dos sistemas de saúde”, defendeu.
Em “Tecnologias e Sustentabilidade nos Sistemas de Saúde”, Dirceu Barbano, ex-presidente da ANVISA, falou sobre a relação entre inovação na indústria e regulação da saúde. “O sistema de saúde tem tido mais facilidade de absorção das novas tecnologias, e entendendo que elas custam mais, porém são fundamentais”. Porém, Barbano acredita que, ainda assim, falta uma maior transparência de dados que comprovem a eficiência destes tratamentos e medicamentos, bem como de uma regulação eficiente a respeitos destes.
A docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo FM/USP, coordenadora do núcleo de vigilância epidemiológica do Hospital das Clínicas FM/USP, Dra. Maria Novaes falou sobre a sustentabilidade dos sistemas de saúde, destacando que foi a partir da década de 70 que teve início o aumento da produção e oferta de tecnologias para a saúde. E assim como outros palestrantes discutiu a questão da juducialização. Na opinião da professora, fatores políticos, econômicos de custo e atuais, bem como o surgimento de doenças raras contribuem para o aumento da judicialização.
Murilo Contó, representante da Coordenação de Investimentos em Saúde da Boston Scientific, apresentou as características dos sistemas de financiamento no Brasil. Na visão de Contó, “gastar muito não significa necessariamente alcançar bons resultados”. O representante falou sobre as diferentes agências reguladores do país e o papel que cada um exerce, enfatizando que cada uma delas tem os seus prazos de regulamentação, e que as incorporações tecnológicas influenciam no número de demandas destas agências.
Atenção Primária à Saúde
A “A Atenção Primária à Saúde na Sustentabilidade dos Sistemas – Organização e Remuneração”, reuniu o médico de Família e Comunidade e professor da SLMANDIC, Giuliano Dimarzio, a médica, conselheira de administração da Unimed Campinas, Carla Rosana, e o médico de Família e Comunidade da Amparo Saúde, André Lucio de Cassias para discutir os impactos da atenção primária a saúde nos sistemas públicos e privados.
Giuliano Dimarzio fez um resgate histórico sobre o surgimento da Medicina de Família e Comunidade no exterior, como ela foi incorporada no Brasil, os principais avanços da especialidade e os benefícios desta para a Atenção Primária à Saúde (APS). “Os sistemas ordenados pela Atenção Primária são mais efetivos, eficientes, equitativos e de maior e melhor qualidade”, pontuou Dimarzio.
Dra. Carla Rosana falou sobre o processo de implantação da Atenção Primária à Saúde – Unimed Mais, em Campinas. A doutora acredita que este novo cenário do plano de saúde oferecido pela Unidade Campinas é a oportunidade de oferecer aos pacientes um atendimento humanizado, completo e direcionado às necessidades de cada pessoa. “Este é um sistema que é bom para o médico, mas é melhor ainda para o paciente”, disse ela.
O médico André Cassias, apresentou o processo de implantação e funcionamento da Amparo Saúde, rede de clínicas cujos atendimentos são realizados por médicos de Família e Comunidade. Para ele, a APS tem que ser independente, autônoma e livre de conflitos para uma melhor eficiência. A partir da experiência da Amparo, apresentou dados referentes ao cenário da Medicina de Família e Comunidade no país.
Remuneração
O consultor da KPMG, o médico Daniel Greca, falou sobre a “Remuneração Baseada em Valor” e apresentou um Manual de Boas Práticas de Consultoria em Saúde. O material reúne os pilares da consultoria de sistemas de saúde, a partir de cases de sucesso da KPMG. Daniel destacou a governança clínica como o principal pilar para o sucesso na implantação de modelos de remuneração.
Em seguida, Fábio Gonçalves, Access Officer do Hospital Care, reuniu informações sobre como criar sistemas eficientes que mensurem a qualidade de um sistema de saúde, dentro e fora do país. E defendeu a interação entre médico e paciente e os protocolos clínicos como as principais características dos sistemas de sucesso.
Por fim, Francisco Balestrin abordou o tema da “Liderança necessária para transformar o Sistema”. “Atualmente, vivemos a chamada liderança 4.0, baseada na capacidade de se alinhar rapidamente com o ambiente, as novas ferramentas e expectativas sociais”, explicou. Balestrin apontou que o sucesso do modelo atual de liderança existe porque está atrelado à comunicação e as redes.
Jornada de Cuidados Paliativos é realizada na SLMANDIC
Alunos se emocionaram com relatos de casos
Neste último sábado, dia 24 de agosto, alunos do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, realizaram a Jornada de Cuidados Paliativos, com renomados profissionais da área da saúde de Campinas.
O evento reuniu cerca de 100 alunos para tratar de temas importantes, como a bioética e finitude, o desafio de comunicar más notícias, os cuidados paliativos em crianças e famílias e a importância do trabalho em equipe. Além das palestras, profissionais relataram experiências com pacientes e que marcaram suas vidas. Contaram como aprenderam a lidar com situações delicadas e que envolviam as famílias, além dos pacientes.
A psicóloga, Dra. Nely Nucci, falou sobre a importância de se falar sobre a morte para alunos que, em algum momento de sua profissão, irão enfrentar a difícil tarefa de dar más notícias aos familiares de um paciente. “Os alunos precisam se preparar para oferecer a atenção e o acolhimento que o paciente merece”.
Alguns profissionais também relataram a importância do atendimento multidisciplinar em casos terminais e que requerem cuidados paliativos, bem como em casos de algumas doenças que não têm evolução.
Segundo o coordenador do serviço de cuidados paliativos do Hospital das Clínicas da Unicamp, Dr. José Carlos Junqueira, um dos palestrantes, “o cuidado paliativo é uma abordagem que fazemos para os pacientes que tem doenças que ameaçam a continuidade de suas vidas e tem relação direta com o sofrimento humano”.
O objetivo do evento foi despertar nos alunos e participantes, o entendimento de que cada paciente necessita de um tipo de cuidado, respeitando suas crenças, para fornecer conforto tanto para os doentes quanto para os seus familiares.
Os alunos ficaram muito emocionados em conhecer algumas histórias trazidas pelos palestrantes.
SLMANDIC recebe alunos da Oficina do Estudante de Campinas
Alunos conheceram a graduação de Odontologia da Instituição
Na tarde da última quarta-feira, 21/08, 13 alunos da Oficina do Estudante visitaram a Faculdade São Leopoldo Mandic, para conhecer as instalações e o curso de graduação em Odontologia. A visita faz parte do ciclo de visitas que a Oficina organiza todos os anos, oferecendo aos alunos a oportunidade de escolher a faculdade e curso eles gostariam de conhecer.
A visita foi guiada pela Prof.ª Dr.ª Fabiana Mantovani, coordenadora do curso de graduação em Odontologia, e incluiu uma breve explanação da coordenadora, que abordou vários pontos fortes da Faculdade e os diferenciais do curso. “Hoje em dia, o profissional formado em Odontologia não atua sozinho, é comum que trabalhem em clínicas onde atuam outros profissionais especializados nas mais diferentes áreas”, destacou.
Fabiana também mencionou que a carga horária do curso da SLMANDIC tem 2.000 horas a mais do que é exigido pelo MEC, além de ser destaque no ENAD, com nota máxima, e que os alunos têm a oportunidade de aprender Libras, Farmacologia e Emergências Médicas, e de viver experiências como o Barco da Saúde.
Em seguida, os alunos fizeram um tour pelas instalações da Faculdade, começando pelo laboratório de anatomia, seguido pelas clínicas, onde os alunos tiraram diversas dúvidas com os técnicos e professores sobre a disciplina, a rotina de aulas na clínica, entre outros assuntos do cotidiano da graduação.
As instalações da biblioteca também fizeram parte da visita. Os alunos puderam entender melhor como funciona o acesso às bases de revistas científicas e o processo de empréstimo de livros. Por fim, os alunos fizeram uma pausa para o coffee break e no roof top da SLMANDIC.
Professor da SLMANDIC fala sobre missão da ONU realizada na República Democrática do Congo
Na noite desta última terça-feira, 20/08, o professor dos cursos de graduação e pós-graduação da Faculdade São Leopoldo Mandic, Paulo Miamoto, realizou uma apresentação sobre “A Perícia na Vida Real”, para alunos dos cursos de graduação da Instituição, para contar sobre a missão do alto comissionado da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, na República Democrática do Congo.
O professor fez um apanhado histórico desde o final dos anos 90, quando começaram os conflitos no país, até os dias de hoje, quando ainda há inúmeros casos de mortes violentas por conta das disputas de poder entre o exército e as milícias das diferentes tribos da República Democrática do Congo.
Miamoto contou como foi o dia a dia vivido por ele no país: falta de esgoto, de água encanada e coleta de lixo, bem como as acomodações e os equipamentos de segurança de uso obrigatório durante a missão.
A experiência de perito forense também foi apresentada aos alunos presentes. “Ministrar essa aula é uma oportunidade de compartilhar o conhecimento sobre a situação do Congo, da África como um todo, e também de prestar um singelo agradecimento à Faculdade São Leopoldo Mandic que me apoiou nesta oportunidade fazer parte desta missão”, concluiu.
O evento foi organizado pela Liga Acadêmica de Anatomia da SLMANDIC.
Segundo dia do 5º Encontro Universitário SLMANDIC e Universidad Autónoma de Chile termina com confraternização
No segundo dia do Encontro, a regeneração óssea foi o tema da fala do implantodontista Nelson Pinto, que é também professor da Universidad dos Andes e Universidad Católica do Chile. O professor reuniu diferentes casos clínicos para apresentar diferentes especificidades desta técnica.
“A regeneração óssea é uma técnica que é comumente utilizada na medicina e na odontologia, e para alcançar os melhores resultados, deve levar em consideração as características fisiológicas particulares de cada indivíduo”, destacou o implantodontista.
A regeneração óssea é um dos grandes desafios, quando um elemento dental é perdido acontece uma remodelação óssea. Mas algumas vezes ela não é suficiente para manter o implante bem fixado. Nesse caso indica-se o enxerto ósseo no maxilar.
Porém, para esse tipo de procedimento, algumas vezes é indicado tirar um pedaço de osso de outra parte do corpo do paciente para fazer o enxerto, técnica bem mais invasiva. Como demonstrado na palestra, o uso de materiais sintéticos tem se tornado frequente, uma vantagem é o tempo de trabalho e também o controle de células indesejáveis.
Em seguida, Rafael Metropolo, mestre e especialista em periodontia, reabilitação oral e implantodontia, em sua palestra “Protocolos Reconstrutivos vs Abordagens Simplificadas em casos complexos”, apresentou 10 casos clínicos para discutir protocolos reconstrutivos. “Ao desenvolver protocolo de trabalho, este deve estar em conformidade com o indivíduo; na tentativa de ser menos invasivo, mórbido e oneroso ao paciente”, disse ele. Para o especialista, os protocolos reconstrutivos devem estar sempre aliados ao processo de tomada de decisão, uma vez que na implantodontia muitas questões se definem no ato da cirurgia.
Na parte da tarde, o professor doutor João Batista de Cesar Neto, trouxe o tema “Peri-implantite: Salvar ou condenar? ”, que abordou a regeneração periodontal. A partir de uma “árvore” de tomada de decisões aliada a casos clínicos, discutiu-se possibilidades e situações da área da peri-implantite. “Para os procedimentos de peri-implantite, é necessário que haja um contato frequente com o paciente e controle do procedimento por um longo tempo após a conclusão do procedimento”, destacou o especialista. Essa ação, conforme mostram evidências científicas, diminui o número de casos reincidentes.
Em “Estética e Longevidade na Implantodontia”, a última palestra do Encontro, o professor doutor Carlos Eduardo Francischone, trouxe diferentes casos clínicos, entre eles um procedimento desenvolvido por um ex-aluno da Faculdade São Leopoldo Mandic, José Carlos Martins da Rosa sobre “Restauração dentoalveolar imediata”. Este procedimento cirúrgico-protético é desenvolvido para o tratamento do alvéolo dentário pós-exodontia.
O professor abordou diferentes técnicas aplicáveis no campo da estética bucal. “Para que os implantes estéticos tenham maior longevidade, algumas etapas são fundamentais no procedimento: proteção cirúrgica, contorno gengival, foto polimerização, moldagem e seleção de cor”, pontuou.
Em seguida os alunos das duas faculdades apresentaram seus trabalhos acadêmicos. As atividades do 5º Encontro Universitário foram encerradas com a realização de um coquetel.
5º Encontro Universitário SLMANDIC e Universidad Autónoma de Chile
Nesta última segunda-feira, 19/8, aconteceu o 5º Encontro Universitário SLMANDIC e Universidad Autónoma de Chile, na sede da Instituição, em Campinas. A abertura do evento contou com a fala do diretor de Pós-Graduação doutor Marcelo Napimoga, que destacou a importância deste evento por reunir grandes nomes da implantodontia apresentando o que há de mais novo na área.
Em seguida, os organizadores do evento, doutor José Valdivia e doutor Fabiano Capato, falaram sobre a parceria estabelecida entre as duas universidades, que proporciona intercâmbio para estudantes e professores das duas Faculdades, bem como a realização dos encontros que acontecem anualmente. Na visão dos organizadores, essa experiência proporciona uma importante troca de conhecimentos.
Na palestra “Regenerações ósseas tridimensionais, limites e previsibilidade”, Robert Carvalho, especialista em periodontia, apresentou diversos casos clínicos de regeneração óssea, procedimento comum do campo da periodontia. O objetivo era apresentar informações úteis e aplicáveis deste procedimento para alcançar objetivos melhores.
“A implantodontia, seja pela regeneração óssea, seja por outros procedimentos da área, não é só uma alteração estética, é uma mudança emocional na vida dos pacientes. Por isso, precisamos pensar além da regeneração do osso”, pontuou.
Na parte da tarde, Juan Sanchez fez uso de vídeos 3D e artigos científicos para falar sobre diferentes técnicas associadas à cirurgia ortognática recomendadas em caso de anomalias nos tecidos duros e moles.
“O sucesso de um procedimento desta natureza está diretamente associado à ausência ou presença de problemas durante a cicatrização do procedimento corretivo”, destacou o especialista, que também explicou a importância de tratar os tecidos moles, que conectam, suportam ou envolvem outros tecidos da boca.
O primeiro dia do evento foi encerrado com a apresentação de trabalhos de alunos das duas faculdades.
IV Interligas de Pediatria de Campinas na SLMANDIC
Alunos do curso de Medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, realizaram neste último sábado, 17 de agosto, a IV Interligas de Pediatria de Campinas, evento que reúne as Ligas Acadêmicas de Pediatria de Campinas da SLMANDIC, PUC Campinas e UNICAMP, para discutir temas relevantes da área, com a participação de renomados profissionais.
Esta edição abordou alguns temas atuais do campo da Pediatria, como a AIDS na infância, autismo, movimento antivacina, cirurgias pediátricas e síndromes genéticas na infância.
Segundo Tathiane Neves, vice-presidente da Liga de Pediatria da SLMANDIC, “o encontro é uma oportunidade para os alunos discutirem sobre importantes e atuais temas da área da pediatria e de reunir as três Ligas acadêmicas da cidade”.
Na primeira palestra da manhã, a Dra. Regina Menezes Succi falou sobre AIDS na infância, e apresentou dados que mostram uma queda de 50% do número de infectados pelo HIV com menos de 5 anos de idade, entre os anos de 2007 e 2017. Em paralelo a esse crescimento está o aumento de gestantes no mesmo período: 6187 para 7882, porém, segundo a médica elas estão mais saudáveis, por isso a queda no primeiro índice.
Outro dado apresentado na fala da pediatra é que 90% dos casos de infecção por HIV em crianças ocorre durante a gestação e/ou parto. Vale lembrar que a AIDS é a consequência final da infecção, quando o corpo já está tomado pelo vírus e outras doenças se desenvolvem. Entre as principais doenças, no caso das crianças estão anemia, dificuldade de ganho de peso, candidíase, tuberculose, diferentes quadros respiratórios e linfoma.
“Hoje em dia há mais consciência em relação à doença, e menos preconceito, o que tem aumentado o cuidado por parte das gestantes em relação ao tratamento da infecção”, afirmou. E destacou que, mesmo quando o teste virológico de um bebê não indique infecção, é necessário que a criança seja acompanhada até os 15 anos para eliminar qualquer chance de desenvolvimento da AIDS.
Transtorno do Espectro Autista, a segunda palestra do dia, abordou diferentes aspetos da síndrome. Segundo Dr. Amilton dos Santos Junior, médico psiquiatra da Unicamp, foi relatada na literatura científica, pela primeira vez, em 1943, por Leo Kanner. Como descreveu o médico, nesse estudo, 11 crianças (9 meninos e 2 meninas) apresentaram “distúrbios autísticos do contato afetivo”, em outras palavras, a incapacidade de relacionar-se de formas usuais com as pessoas desde o início da vida”.
No ano seguinte, Hans Asperger, apresentou um novo estudo sobre a síndrome, dessa vez, reunindo os principais sintomas apresentados por crianças acometidas pelo autismo. A síndrome de Asperger – um estado do espectro autista, geralmente com maior adaptação funcional –, recebeu esse nome por ter sido descrita por Hans. O psiquiatra pontuou que atualmente a terminologia correta é TEA – Transtorno do Espectro Autista ou Autismo, e que este refere-se a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais, comportamentos repetitivos, dificuldade de fala, bem como todos os tratamentos que são necessários para uma melhor qualidade de vida da criança.
Em sua fala, doutor Amilton apresentou, ainda, diferentes casos clínicos com o objetivo de abordar as nuances do transtorno no dia-a-dia, e possíveis abordagens que fazem a diferença na rotina de quem tem o diagnóstico de TEA. Vale destacar que pais e profissionais acreditam que o diagnóstico só pode ser feito na fase dos dois anos de idade, porém, o psiquiatra defende que aos seis meses já é possível detectar alguns sinais do TEA.
“Quando um bebê acorda de madrugada e dificilmente chora, se aos seis meses de vida a criança não acompanha o olha da mãe quando esta vira o rosto durante a amamentação por exemplo, quando o bebê não manifesta interesse de sair do berço ao ver a mãe ao lado dele, esses são indícios de autismo”, exemplificou.
Após as palestras, foram realizados vários workshops práticos abordando a medicina legal, comunicação de más notícias, cardiopatias infantis, acidentes domésticos, entre outros.
Na parte da tarde, Dr. Roberto Teixeira Mendes falou sobre o Movimento antivacina e os impactos na saúde das crianças. Ele destacou os riscos deste crescimento para a saúde das crianças e adolescentes. Sobre o surto de sarampo, o aumento no número de casos não tem relação com o movimento, uma vez que este têm crescido entre as classes mais altas, que dificilmente irão usar o Sistema de Saúde. Assim, segundo ele, o crescimento da doença pode ser explicado pela insuficiência de vacinas no país.
O evento foi finalizado pelas palestras das Dras. Drª Rachel Sayuri Honjo Kawahira, que abordou a Investigação de Síndromes Genéticas na Infância e Dra. Patrícia Traballi de Carvalho Pegolo, que falou sobre as Emergências em Cirurgia Pediátrica.
SLMANDIC realiza Fórum Internacional de Ozonioterapia e Segundo Encontro de ex-alunos
A Faculdade São Leopoldo Mandic realizou neste último sábado, 17 de agosto, o Fórum Internacional de Ozonioterapia e Segundo Encontro de ex-alunos, na sede da Instituição, em Campinas. O evento é voltado para cirurgiões-dentistas, médicos, biomédicos, enfermeiros e fisioterapeutas e inclui, no programa, palestras e apresentação de casos clínicos por renomados profissionais do Brasil e da Argentina.
Segundo o Coordenador do evento, o Prof. Francisco Ubiratan Ferreira de Campos, o objetivo do Fórum é promover o elo de ligação entre a Odontologia, a Medicina e a Fisioterapia, usando a Ozonioterapia como tratamento auxiliar aos tratamentos convencionais. “Na Medicina, o uso da Ozonioterapia ainda é um procedimento experimental”, explica ele. “Na odontologia, desde 2015, é regulamentada a aplicação tópica do ozônio em áreas como Implantodontia, Dentística, Endodontia, Periodontia, Cirurgia e DTM”.
Foram discutidos temas como a Visão geral da Ozonioterapia médica e suas possibilidades terapêuticas; a Ozonioterapia na Harmonização Orofacial (HOF) e a Ozonioterapia nas disfunções músculo-esqueléticas.
O evento foi aberto com a apresentação do médico Gustavo Vilela, que falou sobre as novas fronteiras entre a Medicina e a Odontologia. Ele mostrou alguns casos de invasão de bactérias no organismo, que provocam doenças, cuja origem veio da boca. “Reforçar o uso da Ozonioterapia pelo cirurgião-dentista para regular o sistema bucal e ajudar o tratamento médico no combate à inflamação ou infecção é importantíssimo para se obter o melhor resultado”, afirmou ele.
Segundo Vilela, a boca é o principal termômetro para indicar a ocorrência de outras doenças. Por isso que o excesso do uso de metais em tratamentos odontológicos pode desencadear inúmeros problemas de saúde, bem como a extração de dentes e problemas de cicatrização em procedimentos dentários, que também podem desencadear doenças.
O argentino, Dr. Raul Alberto Moggiano, da Ozone Dental Group, falou sobre a Ozonioterapia na Harmonização Orofacial. Ele apresentou os últimos avanços da harmonização orofacial, um tratamento recente na odontologia, cuja técnica busca proporcionar equilíbrio entre a relação estética e funcional do sorriso e rosto do paciente.
Na parte da tarde, foi a vez do Dr. Diogo Bonifácio e Dra. Carina Sandes falarem sobre a Ozonioterapia nas disfunções musculoesqueléticas. A partir de diferentes casos clínicos, abordaram o uso da ozonioterapia na fisioterapia, e de que forma ela pode contribuir em diferentes tratamentos desse campo.
O evento terminou com uma mesa redonda, que discutiu casos clínicos com convidados
Faculdade recebe Dr. Sandro Palla para falar sobre a DTM e Dor Orofacial – Atualidade e Perspectiva
No dia 17 de agosto, a Faculdade São Leopoldo Mandic Campinas promoveu o evento “Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial. Atualidade e Perspectiva”, com a participação internacional do Prof. Dr. Sandro Palla – Prof. Emérito da Faculdade de Odontologia da Universidade de Zurich, Suíça.
Com o objetivo de difundir o conhecimento da área, Palla apresentou alguns casos clínicos e abordou questões como diagnóstico, sintomas e tratamento. Para os quase 200 participantes do evento, Palla trouxe novos conceitos de mecanismo do problema, que podem mudar a forma de tratamento de DTM.
Segundo ele, a Disfunção Temporomandibular afeta uma região musculoesquelética e os sintomas desta disfunção são os mesmos de outras alterações da mesma natureza: não apresentam uma única causa, tem uma incidência de 80% de cura, fatores fisiológicos tem uma grande influência nos sintomas e na eficiência do tratamento.
Para um melhor diagnóstico da Disfunção Temporomandibular, necessita também do acompanhamento de um médico. E este processo envolve eliminar as causas não possíveis, exames clínicos e, em alguns casos, exames neurológicos.
A partir dos casos clínicos apresentados, Palla detalhou as causas e consequências, o processo de diagnóstico, e os tratamentos possíveis para cada um. E destacou duas características principais da Disfunção Temporomandibular: é uma dor crônica, se não tratada da forma correta torna-se persistente. Mas um bom tratamento pode transformar o caso em pontual, ou seja, não recorrente.
Segundo ele, a DTM é difícil de ser entendida e difícil de ser tratada. “Se você olhar a literatura geral, as pessoas que têm DTM melhoram com tratamento simples, para dor. O problema só não se resolve quando se trata de dor crônica”.
A dor torna-se persistente quando diagnosticada três vezes ou mais, e entre as causas destaca-se as alterações psicológicas e físicas, stress e problemas de cicatrização na região orofacial. Segundo Palla, os fatores físicos também devem ser levados em consideração no processo de diagnóstico e tratamento da disfunção.
Diretor geral da SLMANDIC participa do maior evento de diagnóstico por imagem da América Latina
José Luiz Cintra Junqueira, Diretor geral da Faculdade São Leopoldo Mandic, participou, nesta última quarta-feira, ao lado do especialista e professor emérito em Radiologia, Orivaldo Tavano, do maior evento de diagnóstico por imagem da América Latina – o XI Congresso da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica – CONABRO, que acontece no Transamérica Expo Center, em São Paulo, no período de 14 a 17 de agosto.
O CONABRO promove o encontro dos mais renomados profissionais da área do
Diagnóstico Odontológico por imagem. São quatro dias de discussões, conhecimento e relacionamento com professores e pesquisadores especialistas na área de Radiologia Odontológica.
Com o tema “Na velocidade da luz”, que trata da corrida das inovações que auxiliam no diagnóstico, o Congresso apresenta, ainda, assuntos como regulamentações, tecnologia, protocolos, casos práticos, diagnósticos, por mais de 30 palestrantes nacionais e internacionais.