Faça o download do livro “Células-Tronco na Odontologia Regenerativa”
Foi realizada hoje (20/01/2022), na Faculdade São Leopoldo Mandic, unidade de Campinas, o lançamento do livro “Células-Tronco na Odontologia Regenerativa”, um verdadeiro manual a todos os cirurgiões-dentistas sobre o uso de células-tronco na Odontologia, em benefício da regeneração tecidual e de órgãos. Essa é uma produção da Faculdade, sob a coordenação do Prof. Dr. André Antonio Pelegrine, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), o Centro de Processamento Celular R-Crio e também do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
Na ocasião do lançamento, foi realizada uma palestra sobre Odontologia Regenerativa e Translacional com o professor da King’s College de Londres, o cirurgião-dentista brasileiro e doutor em Odontologia Translacional e Regenerativa Vitor Neves, que também participou da elaboração do livro.
Disponível gratuitamente para download, a publicação, voltada a todos os cirurgiões-dentistas, reúne de maneira didática conceitos relacionados às células-tronco, suas possibilidades atuais de aplicações na Odontologia e as perspectivas futuras. Este é um tema de grande relevância considerando seus benefícios à sociedade e, ao mesmo tempo, extremamente recente na Odontologia, com perspectivas de crescimento científico e de uso clínico.
Confira a seguir a galeria de fotos do evento:



































Da Faculdade São Leopoldo Mandic para o mundo
Um estudo inovador, totalmente inclusivo, e o principal: que promete ajudar, e muito, os cirurgiões-dentistas e também a população de surdos, que, somente no Brasil, chega a 10 milhões, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Trata-se da tese “Proposta de adaptação do critério de diagnóstico para disfunção temporomandibular (DC/TMD) para libras”, defendida pela aluna Alethéia Caldeira Gonçalves Alcântara Paranhos, para a obtenção de seu título de mestre, e sob a orientação do Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães, coordenador do curso de mestrado em Disfunção Temporomandibular (DTM) da Instituição.
A ideia surgiu para diminuir a dificuldade de comunicação entre o cirurgião-dentista e o paciente surdo, que, por falta de inclusão, tem problemas de acesso nas mais variadas situações do dia a dia, inclusive na área da saúde. Por isso, o estudo adaptou o protocolo DC/TMD eixo I, que é referência na avaliação clínica dos pacientes com disfunção temporomandibular, e bastante utilizado no Brasil e no mundo, do português escrito para LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais, no formato vídeo.
O objetivo é investigar as dores na face, na cabeça e na articulação da mandíbula de pessoas surdas, ajudando os profissionais frente à avaliação e ao tratamento. O material contém, além dos sinais, legenda e áudio em português, assim como imagens de apoio, para favorecer ainda mais a compreensão do assunto tratado.
“Quando o paciente não entende o que está sendo perguntado ou não consegue expressar com fidelidade suas queixas, o cirurgião-dentista corre o risco de diagnosticar e, consequentemente, cuidar de maneira errônea ou parcial. Sendo assim, a adaptação de protocolos já validados torna o diagnóstico e o tratamento desse público menos difícil e mais confiável”, explica a aluna.
“Trata-se de uma ferramenta que estamos disponibilizando para todos os cirurgiões-dentistas falantes da língua portuguesa, de forma gratuita, exatamente porque estamos focados na disseminação do conhecimento. Queremos que essa ideia seja adaptada para todo o mundo, nos mais variados idiomas”, complementa o professor.
Vale destacar que a tradução do protocolo DC/TMD foi realizada por um intérprete fluente em LIBRAS, com proficiência em ensino, tradução e interpretação da linguagem, após simplificação de termos técnicos e modificação prévia do material adaptado. O vídeo resultante tem duração de aproximadamente 18 minutos, e pode ser utilizado por qualquer pessoa interessada. Assista, abaixo:
É a Faculdade São Leopoldo Mandic apoiando a pesquisa, a disseminação do conhecimento e a inclusão!
SLMANDIC lança mais uma edição do livro “Ciência e Odontologia”
A sexta edição do livro sobre casos clínicos “Ciência e Odontologia”, da Faculdade São Leopoldo Mandic, acaba de ser lançado e já está disponível para ser baixado gratuitamente na Biblioteca da Instituição.
Composto por ocorrências clínicas baseadas em evidências científicas, acompanhadas e descritas pelos alunos de Mestrado Profissional da Instituição, de todas as áreas de concentração da Odontologia, a publicação torna-se um material de referência para a ciência.
Segundo o diretor-geral da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. José Luiz Cintra Junqueira, um dos organizadores da obra, “o material traz 145 capítulos com muita informação, descrição e exemplos, o que certamente irá contribuir para aprofundar o conhecimento dos profissionais da área”.
E o diretor de Pós-Graduação e Pesquisa da Faculdade, Prof. Dr. Marcelo Napimoga, também organizador da publicação, reforça: “além de os nossos alunos ficarem lisonjeados com a exposição de seus casos clínicos, este é um produto extremamente relevante e em consonância com as diretrizes da área de Odontologia na CAPES”.
“Ciência e Odontologia” – Volume 6 já está disponível no catálogo on-line da Biblioteca da Faculdade São Leopoldo Mandic e também pode ser acessado por este caminho: www.slmandic.edu.br>Biblioteca>Catálogo on-line> Pesquisar pelo título Ciência e Odontologia.
Escovação com dentifrícios branqueadores é tema de estudo de doutoranda da SLMANDIC
Avaliar a cor, a rugosidade da superfície e a microdureza do esmalte do dente escurecido e então submetido à escovação com dentifrícios branqueadores. Essa foi a intenção da aluna Isabel Cristina Gavazzoni Bandeira de Andrade, em sua tese de Doutorado na São Leopoldo Mandic.
No estudo, intitulado “Avaliação da cor, rugosidade de superfície e microdureza do esmalte dental submetido à escovação com dentifrícios branqueadores” e orientado pela Profa Dra Fabiana Mantovani Gomes França, fragmentos dentais escurecidos foram submetidos à escovação com diferentes cremes dentais branqueadores. As amostras foram divididas em 7 grupos: controle (sem escovação), escovação sem dentifrício (apenas com água), escovação com dentifrício convencional (Colgate Máxima Proteção Anticáries, Colgate-Palmolive), escovação com dentifrício branqueador contendo peróxido de hidrogênio a 2% (Colgate Luminous White Advanced, Colgate-Palmolive), escovação com dentifrício branqueador contendo tripolifosfato de sódio (Sensodyne True White, GlaxoSmithKline), escovação com dentifrício branqueador contendo carvão ativado (Black is White, Curaprox Trybol AG) e escovação com dentifrício branqueador contendo blue covarine (Close up White Now, Unilever).
Foram realizados 1.000 e 30.000 ciclos de escovação, exceto para o grupo controle, a fim de simular o uso dos cremes dentais na cavidade bucal. Os valores da cor, da rugosidade de superfície e da microdureza do esmalte dental foram registrados em 4 momentos: baseline, após escurecimento, 1.000 e 30.000 ciclos de escovação. Para a análise da cor, foi utilizado o espectrofotômetro. Para leitura da rugosidade média utilizou-se o rugosímetro e, para microdureza Knoop, o microdurômetro.
Os dentifrícios branqueadores causaram alteração de cor maiores que a percebida com o dentifrício convencional ou com a escovação sem dentifrício. Entretanto, não ocorreram mudanças significativas de cor quando os dentifrícios branqueadores foram comparados entre si. Houve: maior luminosidade associada aos dentifrícios contendo peróxido de hidrogênio e carvão ativado, e clareamento dos tons de amarelo quando escovado com o dentifrício contendo peróxido de hidrogênio; para os tons de vermelho, os dentifrícios branqueadores tiveram desempenho similar.
E os dentifrícios convencionais, contendo blue covarine, carvão ativado e peróxido de hidrogênio causaram aumento estatisticamente significativo na rugosidade, após o último ciclo de escovação, sendo o maior valor de rugosidade associado aos dentifrícios convencional e blue covarine. Já o dentifrício contendo tripolifosfato de sódio causou redução progressiva na rugosidade.
Os resultados da microdureza mostraram aumento estatisticamente significativo, após 30.000 ciclos, para os dentifrícios convencional, blue covarine e peróxido de hidrogênio.
Concluiu-se que a utilização de dentifrícios branqueadores alterou a cor das amostras, constatando-se clareamento, não provocou efeitos deletérios na microdureza, e ocasionou discretas alterações na rugosidade superficial. O dentifrício peróxido de hidrogênio teve o melhor desempenho, considerando eficácia e segurança, quando avaliados, juntamente, os parâmetros cor, microdureza e rugosidade.
Faculdade São Leopoldo Mandic testa nova molécula voltada ao tratamento da artrite
Sempre focada em pesquisas e inovação, a SLMANDIC saiu na frente novamente. Dessa vez ao testar uma nova molécula, que auxilia no tratamento da artrite, doença para a qual ainda não existe um recurso terapêutico tão eficaz.
A molécula, desenvolvida em laboratório e nomeada TPPU, apresentou excelente efeito anti-inflamatório e, até mesmo, analgésico, após experimentação em ratos com artrite geneticamente induzida. Como resultado, ela suprime o processo inflamatório, diminui a inflamação, reduz a degradação do tecido articular e alivia a dor.
O Prof. Dr. Marcelo Henrique Napimoga, diretor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Faculdade é quem coordena o projeto. Segundo ele, o que a molécula faz é favorecer um processo natural de defesa. “Isso é uma grande vantagem em comparação aos tratamentos convencionais, que se baseiam no uso de grandes doses de corticoides, com indesejáveis efeitos colaterais. Sem contar que a TPPU foi desenhada para ser tolerada e absorvida via oral”, adianta.
Sobre a TPPU
A nova molécula foi desenvolvida pelo pesquisador Bruce Hammock, professor da University of California Davis. Sua sigla, TPPU, é derivada da denominação em inglês 1-Trifluoromethoxyphenyl-3-(1-propionylpiperidin-4-yl) urea. Quanto à função, é a de inibir a enzima epóxi-hidrolase solúvel (sEH), que desempenha um papel-chave no desencadeamento do processo inflamatório, podendo levar, eventualmente, à inflamação crônica.
Sobre o projeto
A experimentação para comprovação da eficácia da molécula TPPU foi realizada na Faculdade São Leopoldo Mandic e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP.
Divulgação
O portal Viva Bem, do Uol, também publicou matéria a respeito. Confira em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/07/22/molecula-criada-em-laboratorio-auxilia-no-tratamento-da-artrite.htm
SLMANDIC testa solução que ajuda a controlar riscos biológicos em tempos de pandemia. Resultados serão divulgados no dia 18, via Live
Sempre preocupada com a comunidade interna e também com a sociedade de maneira geral, e no momento muito focada em biossegurança, a Faculdade São Leopoldo Mandic desenvolveu uma pesquisa testando um dispositivo que reduz os riscos de contaminação vinculados aos aerossóis dos consultórios odontológicos em até 94%.
Trata-se da BIBO – Barreira Individual de Biossegurança Odontológica, que consiste em um bastidor com filme de PVC e tecido TNT acoplados a ele. “Nos inspiramos em um vídeo que viralizou na internet. Procuramos a responsável pela gravação e perguntamos se poderíamos testar tal barreira em laboratório, para validarmos cientificamente. A resposta foi positiva e entramos em ação”, conta o Prof. Dr. Victor Montalli, que liderou a equipe responsável pelo estudo.
O teste foi realizado na clínica de pós-graduação. Juntamente com o Prof. Dr. Aguinaldo Garcez, foi desenvolvido um método seguro para ´trabalhar com bactérias´ em ambiente odontológico, com e sem a utilização da BIBO, e a diferença foi bem significativa, conforme já apresentado no início desta matéria.
“Mesmo se tratando de um estudo preliminar, ainda não testado em pessoas, ficamos entusiasmados em ajudar com mais essa alternativa voltada à proteção de cirurgiões-dentistas e seus pacientes durante o atendimento clínico. A BIBO se mostrou um equipamento altamente seguro para ser incorporado nos consultórios e também para a utilização na clínica-escola da Faculdade São Leopoldo Mandic. Porém, acreditamos que o profissional de odontologia precisará passar por uma curva de aprendizado, já que o filme em PVC pode atrapalhar a visão”, reflete Montalli.
Ele acrescenta que os testes foram realizados com bactérias e não com vírus. Entretanto, esta segunda opção também está nos planos, uma vez que a equipe está aprimorando uma metodologia para testar um tipo de vírus que proporciona segurança para este modelo de estudo.
Vale destacar, ainda, que a BIBO pode ser facilmente confeccionada por qualquer profissional da odontologia. Essa é, com certeza, uma alternativa inovadora, economicamente viável, tecnicamente possível, cientificamente comprovada e totalmente desejável em tempos de pandemia.
Live sobre a BIBO
Saiba mais sobre a BIBO em Live relacionada ao assunto, a ser realizada em 18 de junho, às 18h30, no canal da Faculdade no Youtube.
Na ocasião, o Diretor-geral da SLMANDIC, Prof. Dr. José Luiz Junqueira, e o Prof. Dr. Victor Montalli vão explicar os resultados científicos do dispositivo para cirurgiões-dentistas de todo o País, entre outros interessados pelo tema. Então, não fique de fora!
Mais informação
Ao final da Live, Junqueira irá disponibilizar, aos participantes, um guia de orientações da SLMANDIC, desenvolvido com a colaboração da comissão de biossegurança da Faculdade.
Em evidência na RGO
Por se tratar de um tema tão importante para o momento em que vivemos, o estudo preliminar sobre a BIBO foi publicado na RGO – Revista Gaúcha de Odontologia, agora no mês de junho.
Dados da publicação:
Montalli VAM, Garcez AS, Montalli GAM, França FMG, Suzuki SS, Mian LMT, et al. Individual biosafety barrier in dentistry: an alternative in times of Covid-19: preliminary study. RGO, Rev Gaúch Odontol. 2020;68:e20200018. http://dx.doi.org/10.1590/1981-863720200001820200088
Estudo destaca potencial uso de molécula bioativa derivada da própolis em procedimentos de regeneração óssea e periodontal
Um estudo realizado na Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, analisou o efeito de uma molécula bioativa derivada da própolis, denominada éster fenetil do ácido cafeico (CAPE), sobre células do tecido ósseo. O trabalho faz parte da dissertação de mestrado do aluno do curso de Periodontia Paulo Henrique Neves Santos. “Os resultados que observamos neste estudo foram muito interessantes, pois o CAPE estimulou a formação óssea, sugerindo que esta molécula apresenta potencial no tratamento de defeitos ósseos e periodontais” relata Paulo Santos.
Doenças Periodontais
As doenças periodontais, segundo explica o coordenador da pesquisa, Prof. Dr. Lucas Novaes Teixeira, exibem alta prevalência na população mundial e são divididas em dois tipos: gengivite e periodontite. A periodontite quando não tratada precocemente pode progredir e resultar na destruição dos tecidos que mantêm os dentes posicionados na cavidade bucal, incluindo o tecido ósseo. “A busca por métodos de regeneração tecidual é uma constante na Periodontia. Nos últimos anos, nota-se um desenvolvimento importante na área da Engenharia de Tecidos, bem como de biomateriais que promovam uma regeneração efetiva dos defeitos ósseos causados pela doença periodontal. Em nosso estudo in vitro com células ósseas, o CAPE exerceu um efeito estimulador no processo de formação óssea. Este efeito, associado a ação anti-inflamatória já descrita anteriormente para esta molécula, poderia tornar o processo de regeneração periodontal mais controlado e previsível. Novos estudos em modelos animais estão previstos para confirmar os achados observados neste trabalho laboratorial” comenta o Prof. Lucas Teixeira
Sobre o Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área de saúde. Iniciou com pesquisas na área odontológica, expandiu para a área de saúde, além do desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com Laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia Bucal emitiu, gratuitamente, mais de 26 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região, sendo 1.657 de carcinomas e 125 de outras neoplasias malignas, atendendo não só pacientes da região como de outros estados do Brasil e atualmente, recebe também material proveniente da África, especificamente de Angola.
Os recursos financeiros do Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic para a realização de suas pesquisas são obtidos por meio de parcerias e convênios, contribuição de associados e em especial por fomentos obtidos pelos docentes do Centro por meio de órgãos públicos, como CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Questão socioeconômica é limitadora para uso de equipamento que auxilia diversos procedimentos endodônticos
O uso do microscópio operatório (MO) melhora a iluminação e a magnificação do campo operatório auxiliando remoção de cárie e identificação de trincas e fraturas radiculares.
O microscópio operatório trata-se de um equipamento capaz de otimizar o tratamento endodôntico através da magnificação e iluminação. Um estudo realizado na Faculdade São Leopoldo Mandic buscou compreender os principais motivos que impossibilitam o uso do microscópio operatório entre os endodontistas brasileiros.
Do ponto de vista clínico, são muitos os benefícios do uso deste equipamento. A iluminação e magnificação do campo operatório, ajuda a qualificar o tratamento em diferentes etapas: remoção de cárie, acesso às cavidades da boca, remoção da câmara pulpar, localização dos condutos e até a identificação de trincas e fraturas radiculares. O microscópio permite ainda melhor visualização do campo operatório, permitindo ao profissional uma melhor postura ergonômica.
Apesar destes benefícios, o estudo encontrou realidades bem distintas, alguns profissionais dispõem de diversas tecnologias, outros, pela motivação financeira em especial não possuem os mesmos recursos. E enquanto a produção científica brasileira em Endodontia é classificada por ter o maior índice de publicações nas duas maiores revistas da área, o acesso global dos endodontistas à tecnologia atual é desconhecido.
Participaram deste estudo 250 profissionais da área da Odontologia, que responderam a um questionário com 10 perguntas sobre conhecimento e uso do microscópio operatório, dos quais, 63,2% responderam de maneira negativa sobre o uso do MO. E destes, 55,1% apontou como custo elevado a razão para não utilizarem o equipamento, e 34,8% indicaram não ter consultório próprio como razão. O estudo destacou ainda que diferentemente de outros países, no Brasil não é obrigatório o conhecimento e treinamento do uso do microscópio operatório. Essa diferença entre os programas aliado a realidade sócio econômica podem justificar a discrepância nos resultados. O custo médio deste tipo de aparelho varia entre R$ 12.000,00 (modelo básico e nacional) até R$ 110.000,00 (acessórios de documentação, iluminação especiais e importados).
Vale ressaltar ainda outro resultado do presente estudo, 80% dos endodontistas com idade superior a 61 anos atestaram fazer uso do microscópio, enquanto apenas 18,5% dos profissionais com idade inferior a 30 anos indicaram fazer uso do aparelho. Um dado que pode ser explicado pela crescente necessidade de melhor visualização com o envelhecimento. Estes índices permitiram o pesquisador concluir que a falta de um consultório próprio, um alto custo do equipamento, longa curva de aprendizado e a realidade socioeconômica do país são os principais fatores para o baixo uso de um aparelho que traz tantos benefícios na realização de procedimentos endodônticos.
Sobre o Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área de saúde. Iniciou com pesquisas na área odontológica, expandiu para a área de saúde, além do desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. E o Laboratório de Patologia emitiu, gratuitamente, mais de 24 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região da cabeça e pescoço, sendo 1.542 de carcinomas e 125 de neoplasias malignas.
Os recursos financeiros do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic são obtidos por meio de parcerias e convênios, financiamentos de órgãos públicos, contribuição de associados e terceiros e recebimento de patentes. Dentre os principais parceiros, destacam-se CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Aluna de Iniciação Científica da SLMANDIC publica artigo em revista científica internacional
Elisa Fonseca Nardini, aluna de graduação em Odontologia, da Faculdade São Leopoldo Mandic, realizou pesquisa sobre a eficácia de fitoterápicos na Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana
Para testar a eficácia de fitoterápicos na Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana, Elisa Fonseca Nardini, ex-aluna de graduação e Iniciação Científica na Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas, desenvolveu um estudo com alguns compostos já disponíveis no mercado.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Photodiagnosis and Photodynamic Therapy, por meio do artigo The potential of commercially available phytotherapeutic compounds as new photosensitizers for dental antimicrobial PDT: A photochemical and photobiological in vitrostudy. O estudo foi feito junto com outros alunos e pesquisadores do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic e do IPEN/CNEN (Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic e do IPEN/CNEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares/Comissão Nacional de Energia Nuclear).
A Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana (aPDT) é uma técnica que utiliza uma medicação que, ao ser ativada por uma fonte de luz, como um laser ou LED, promove a morte de microrganismos ou células de câncer. Em Odontologia, essa terapia promove o controle microbiológico que vai além da eliminação de patógenos, pois também evita o desenvolvimento de cepas microbianas resistentes, já que reduz o uso de medicamentos, como os antibióticos.
Porém, as substâncias comumente usadas nessa terapia, como as porfirinas, possuem um custo alto e compostos como o azul de metileno podem manchar os dentes. O estudo de fotossensibilizadores fitoterápicos de baixo custo, de fácil acesso e com menor risco de manchamento dentário é uma aposta promissora para o desenvolvimento dessa terapia.
Testes foram feitos com Curcuma longa, Citrus Lemon, Hamamelis virginiana e Hypericum perforatum e comprovaram que esses extratos podem ser usados em Odontologia como fotossensibilizadores na aPDT, combatendo bactérias. “E, quando usados na concentração correta, esses fitoterápicos ainda ofereceram baixo risco de toxicidade e coloração dos dentes”, afirma Elisa, que concluiu a graduação na SLMANDIC em 2018.
Segundo o orientador da pesquisa, Dr. Aguinaldo Silva Garcez Segundo, professor e pesquisador da Faculdade São Leopoldo Mandic e do Instituto de Pesquisas da Instituição, nos experimentos realizados, o hamamelis e o hipericum, quando associados ao LED azul, alcançaram uma redução bacteriana de até 99,99%.
A luz tem sido usada como agente antimicrobiano desde a antiguidade. “Na Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana, fotossensibilizadores – moléculas capazes de reagir com a luz – são irradiados por uma fonte de luz (laser ou LED) para reagirem com o oxigênio e produzirem radicais livres (espécies reativas de oxigênio), capazes de causar danos irreversíveis a microrganismos, destruindo bactérias”, explica a cirurgiã-dentista.
A aPDT é eficaz contra diferentes classes de microrganismos, inclusive bactérias resistentes, e pode tratar cáries, doenças periodontais, candidíase e infecções endodônticas. E muitos estudos in vitro e in vivo já constataram que ela trata com sucesso infecções microbianas localizadas. “Por esse motivo, a técnica tem sido muito utilizada na Dermatologia e Odontologia, áreas que costumam tratar infecções mais localizadas e superficiais nos tecidos”, diz Elisa.
No entanto, os fotossensibilizadores mais utilizados hoje são corantes, como o azul de metileno, azul de toluidina, rosa de bengala, azuleno, eritrosina e malaquita verde, que causam efeitos colaterais e possuem limitações. No caso da aplicação em Odontologia, a principal limitação é a coloração dos dentes.
Por isso, os estudos sobre novos fotossensibilizadores, como o desenvolvido no Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, são tão importantes e necessários, principalmente para melhorar os resultados do trabalho dos cirurgiões-dentistas.
Além disso, o uso excessivo de antibióticos e o consequente surgimento de bactérias multirresistentes têm despertado, nos últimos anos, o interesse da indústria farmacêutica para terapias alternativas como a aPDT.
O artigo The potential of commercially available phytotherapeutic compounds as new photosensitizers for dental antimicrobial PDT: a photochemical and photobiological in vitro study (doi.org/10.1016/j.pdpdt.2019.05.027) foi escrito por Elisa F. Nardini, Thiago S. Almeida Tania M. Yoshimura, Martha S. Ribeiro, Rielson J. Cardoso, Dr. Aguinaldo S. Garcez e está publicado em https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1572100018303685?via%3Dihub.
Sobre o Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área de saúde. Iniciou com pesquisas na área odontológica, expandiu para a área de saúde, além do desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imuno-histoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. E o Laboratório de Patologia emitiu, gratuitamente, mais de 24 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região da cabeça e pescoço, sendo 1.542 de carcinomas e 125 de neoplasias malignas.
Os recursos financeiros do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic são obtidos por meio de parcerias e convênios, financiamentos de órgãos públicos, contribuição de associados e terceiros e recebimento de patentes. Dentre os principais parceiros, destacam-se CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Pesquisadores criam gel com molécula de prostaglandina para tratar dermatite atópica
Pesquisadores do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic desenvolveram um gel com moléculas de prostaglandina PGJ2, com propriedade anti-inflamatória e menos efeitos colaterais do que os medicamentos atualmente prescritos para tratar dermatite atópica
Corticoides e inibidores de calcineurina, como o tracolimus – um fármaco imunossupressor –, são os medicamentos mais prescritos para tratar a dermatite atópica, mas seu uso contínuo apresenta riscos indesejáveis. Para buscar um medicamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais danosos ao paciente, pesquisadores do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, desenvolveram um gel (hidrogel 15d-PGJ2) composto por moléculas sintéticas de prostaglandina PGJ2, que têm propriedade anti-inflamatória, são produzidas por quase todas as células do corpo humano e podem ser fabricadas em laboratório.
Os resultados da pesquisa foram descritos no artigo The 15d-PGJ2 hydrogel ameliorates atopic dermatitis through suppression of the immnune response, publicado em abril deste ano, no periódico Molecular Medicine Reports. O estudo foi realizado com financiamento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Pruridos na pele, vermelhidão, inchaço, descamações e coceiras incontroláveis são alguns dos sintomas da dermatite atópica, uma doença crônica e autoimune que chega a afetar 10% dos adultos e 25% das crianças. Desaparece em até 75% das crianças na vida adulta, mas, naquelas em que permanece, pode causar lesões para o resto da vida, além de depressão e isolamento social por causa do desconforto e das marcas na pele.
Tratamentos para dermatite atópica
De acordo com a Academia Americana de Dermatologia, o tratamento para a dermatite atópica deve ser iniciado com corticosteroides tópicos, quando apenas hidratar a pele não é suficiente para controlar a doença. “O problema de ficar passando, com frequência, pomada de corticoide nas lesões é que as células que formam a pele, chamadas queratinócitos, acabam sendo destruídas e chega uma hora que, de tanto passar corticoide, o medicamento não faz mais efeito”, explica Dr. Marcelo Henrique Napimoga, diretor de pós-graduação, pesquisa e extensão da Faculdade São Leopoldo Mandic, e coordenador do estudo.
Quando os corticoides começam a falhar, é comum que se prescrevam os inibidores de calcineurina, como o tracolimus, para tratar a dermatite atópica. Esses inibidores também têm efeito anti-inflamatório, impedindo a ativação das células T, responsáveis pela defesa do organismo contra antígenos. Mas, a longo prazo, há estudos que indicam que o tracolimus pode causar linfoma e carcinomas cutâneos.
“Para produzir o hidrogel, usamos a prostaglandina PGJ2, que é uma molécula com ação anti-inflamatória, que é produzida endogenamente e, por isso, não tem efeitos colaterais indesejados, como os corticoides e o tracolimus. Além disso, conseguimos colocar essa molécula dentro de um polímero, formando um hidrogel que é absorvido pela pele”, ressalta Napimoga.
Testes
Vários testes físico-químicos foram feitos para provar que se conseguiu formar o gel, absorvível pela pele, e que nele ficou retida a prostaglandina PGJ2. “Os dados físico-químicos mostram que o gel que criamos funcionou, porque ele se manteve estável e incorporou a prostaglandina PGJ2 em diferentes temperaturas, por exemplo, nas temperaturas ambiente e corporal”, conta o pesquisador.
Em seguida, os pesquisadores testaram se o hidrogel 15d-PGJ2 tem efeito benéfico em modelos de dermatite atópica. Um modelo com escaras de dermatite atópica foi tratado apenas com o gel, enquanto outro modelo foi tratado com o hidrogel 15d-PGJ2, e outro com o tracolimus, o medicamento mais usado hoje para tratar a doença.
“Visualmente, é possível verificar que o modelo tratado com o hidrogel teve diminuição da lesão de dermatite e, histologicamente, houve redução no número de mastócitos, que é uma célula que armazena potentes mediadores químicos de inflamação e, por isso, é relevante para manter a dermatite atópica. Já o tracolimus diminuiu a inflamação, mas não de maneira significativa como a PGJ2”, explica Napimoga.
O próximo passo foi dosar a imunoglobulina IgE nos modelos tratados com o hidrogel e o tracolimus. Essa imunoglobulina é produzida pelos linfócitos em resposta à dermatite atópica. Em ambos os modelos, houve redução da produção de IgE. “Isso demonstra que estamos conseguindo diminuir a resposta inflamatória onde há o agente irritante”, conclui o pesquisador.
Algumas células inflamatórias também foram avaliadas no estudo. A PGJ2 foi capaz de diminuir o número de linfócitos Th17 na lesão de dermatite atópica. O tracolimus também reduziu a quantidade dessas células, mas não apresentou diferença estatística.
A pesquisa constatou ainda que a PGJ2 reduz a produção de citocinas TNF-α, que são mediadores inflamatórios que contribuem para manter a dermatite atópica. Já o tracolimus não produziu o mesmo efeito.
Produção da prostaglandina PGJ2
Ainda não existem medicamentos produzidos com a molécula de prostaglandina PGJ2 – que é experimental -, embora os resultados da pesquisa desenvolvida no Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic sejam promissores e mostrem a eficácia do hidrogel 15d-PGJ2.
“O grande problema é que fazer prostaglandina PGJ2 não é barato e a estabilidade dela é pequena. Do ponto de vista comercial, seria preciso uma indústria com potencial e maquinários bem específicos. O fato de a PGJ2 ser um lipídio torna mais difícil a sua formulação na quantidade certa para que se mantenha estável”, afirma Napimoga.
Ele e outros pesquisadores, do Instituto de Pesquisas SLMANDIC, fazem parte do Laboratório de Pesquisa da Interface Neuroimune da Dor, que se dedica a pesquisar a relação dos aspectos imunológicos em diferentes condições dolorosas.
“Temos uma linha de pesquisa muito grande com a prostaglandina PGJ2 para criar diferentes formas de entrega dessa molécula, com nano-carreadores e também hidrogel. Colocamos a PGJ2, por exemplo, em hidrogel ou nano-cápsulas porque é preciso uma quantidade muito pequena de moléculas. Eles protegem a PGJ2, que vai sendo liberada aos poucos na articulação ou pele inflamadas. Dessa forma, é possível reduzir a quantidade de medicamento e prolongar a sua ação, reduzindo efeitos adversos”, comenta o pesquisador.
O artigo The 15d-PGJ2 hydrogel ameliorates atopic dermatitis through suppression of the immnune response (doi: 10.3892/mmr.2019.10156) foi escrito por: Dr. Marcelo H. Napimoga, Dr.a Juliana T. Clemente‑Napimoga, Dr. Antônio José de Pinho, Dr.a Andresa B. Soares e Dr. Marcelo Sperandio (docentes da SLMANDIC); Dr.a Daniele R. de Araújo (docente da UFABC – Universidade Federal do ABC); e os alunos Nina M. Machabanski, Maria Eduarda A. Juliani, Pedro Henrique B. C. Acras, Cristina G. Macedo, Henrique B. Abdalla, e está publicado em https://www.spandidos-publications.com/10.3892/mmr.2019.10156.
Sobre o Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área da saúde. Iniciou com pesquisas em Odontologia, expandindo para outras áreas da saúde, com o desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. E o Laboratório de Patologia emitiu, gratuitamente, mais de 24 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região da cabeça e pescoço, sendo 1.542 de carcinomas e 125 de neoplasias malignas.
Os recursos financeiros do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic são obtidos por meio de parcerias e convênios, financiamentos de órgãos públicos, contribuição de associados e terceiros e recebimento de patentes. Dentre os principais parceiros, destacam-se CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).