A Endocrinologia Pediátrica é uma área da Medicina dedicada ao estudo e tratamento de doenças e condições que afetam a saúde hormonal e metabólica de crianças e adolescentes, realizando também o acompanhamento do desenvolvimento da primeira infância.
Nos últimos anos, doenças crônicas comuns em adultos, como diabetes, obesidade e hipertensão arterial, têm se tornado cada vez mais comuns entre crianças e adolescentes. Por isso, o acompanhamento com um endocrinologista pediátrico torna-se cada vez mais importante, tornando essencial compreender o que envolve subespecialidade e em quais situações ela deve ser procurada.
Neste artigo, você conhecerá mais sobre essa subespecialidade da Endocrinologia e descobrirá se ela é o caminho certo para a sua carreira médica.
H2 – O que é Endocrinologia Pediátrica?
A Endocrinologia Pediátrica é uma subespecialidade da Endocrinologia voltada para o diagnóstico, tratamento e prevenção das principais alterações hormonais em crianças e adolescentes. Quando não identificadas ou tratadas, essas alterações podem afetar o crescimento, o desenvolvimento e o metabolismo.
H2 – O que faz um médico endocrinologista pediátrico?
Entre algumas das principais questões tratadas por esse profissional, destacam-se:
Obesidade Infantil
A obesidade infantil é uma condição caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal em crianças, podendo ser influenciada por fatores genéticos ou por questões ambientais e comportamentais, como má alimentação e sedentarismo. Quando não devidamente tratada, essa condição pode levar ao desenvolvimento de outros problemas de saúde como diabetes, colesterol alto e doenças cardíacas.
Diabetes Infantil
A diabetes mellitus é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio responsável pela regulação de glicose no sangue.
Diabetes Tipo 1
A diabetes tipo 1 é um doença crônica e hereditária não transmissível que se caracteriza pela destruição das células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. O tratamento exige o uso diário de insulina para regular os níveis de glicose no sangue, evitando assim complicações da doença. De acordo com o Ministério da Saúde, essa variação da diabetes tem seu pico de incidência em crianças entre 10 e 14 anos de idade, sendo menos comum em adultos.
Diabetes Tipo 2
A diabetes tipo 2, por outro lado, ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida , levando ao acúmulo de glicose no sangue. Esse tipo de diabetes está fortemente relacionado a fatores como sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. No Brasil, esse é o tipo mais comum de diabetes, afetando cerca de 90% das pessoas que vivem com a doença.
Pré-Diabete
A pré-diabetes ocorre quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não o suficiente para caracterizar um diabetes tipo 1 ou tipo 2. Esse é um estágio de alerta do corpo, quando ainda existe a possibilidade de reverter o quadro antes que a doença se manifeste efetivamente.
Diabete Gestacional
Ocorre temporariamente durante a gravidez, elevando as taxas de açúcar no sangue, mas abaixo do valor que caracterizaria uma diabetes tipo 2, por exemplo. Embora considerada temporária, essa variação da diabetes Mellitus pode levar a um aumento no risco de diabetes posterior para a mãe e a criança.
Distúrbios do crescimento
Os distúrbios do crescimento são condições em que a criança apresenta um desenvolvimento físico abaixo do esperado para a idade, causados pela deficiência na produção do hormônio do crescimento pela hipófise. Essa deficiência pode ter causas genéticas, congênitas, tumores cerebrais, infecções ou lesões, embora, em muitos casos, a origem seja desconhecida.
Esses distúrbios podem se manifestar ainda na infância através do crescimento mais lento que o normal, baixa estatura com proporções corporais preservadas, atraso no desenvolvimento ósseo e, em alguns casos, puberdade tardia ou outras alterações hormonais.
O tratamento consiste, principalmente, na reposição do hormônio do crescimento sintético, administrado por injeções regulares, o que permite acelerar o crescimento e favorecer o desenvolvimento saudável da criança.
Problemas na tireoide
Embora os problemas de tireoide sejam mais comuns na vida adulta, eles também podem ocorrer com crianças. Em alguns casos, a criança pode nascer sem a glândula tireóide. Entre os tipos mais frequentes de alterações tireoidianas na infância, destaca-se o hipotireoidismo congênito.
Esse pode ser considerado um dos distúrbios da tireóide mais comuns, em que a glândula tireoide não está funcionando corretamente, resultando na produção insuficiente de hormônios tireoidianos. Essa condição pode ser identificada precocemente logo após o nascimento da criança, sendo tratada através da reposição de hormônios.
H2 – Diferenças entre Endocrinologia e Endocrinologia Pediátrica
A Endocrinologia é a especialidade médica que estuda os hormônios e o funcionamento das glândulas do corpo, como a tireóide, o pâncreas, a hipófise e as suprarrenais. É uma área essencial para o diagnóstico e o tratamento de doenças que afetam o metabolismo, a reprodução e outras funções vitais do organismo. Por outro lado, a Endocrinologia Pediátrica é uma subespecialidade da Endocrinologia com foco em cuidados endocrinológicos específicos para crianças e adolescentes.
Isso significa que o endocrinologista pediátrico está preparado para lidar com condições específicas dessa fase, como puberdade precoce ou tardia, baixa estatura, distúrbios da tireoide em crianças e diabetes tipo 1. Além disso, ele considera as particularidades do corpo em formação, que exigem acompanhamento e cuidados diferentes dos de um adulto.
H2 – Pós-graduação em Endocrinologia
A Endocrinologia é uma especialidade médica cada vez mais valorizada e a pós-graduação é uma excelente oportunidade para aqueles que desejam se aprofundar na área e ter mais segurança no atendimento, diagnóstico e tratamento de seus pacientes.
Na São Leopoldo Mandic, a pós-graduação em Endocrinologia oferece uma base teórica aprofundada e experiência prática completa, com atendimento a pacientes reais, previamente triados de acordo com cada módulo do curso. Os atendimentos são supervisionados por mestres e doutores atuantes no mercado, atualizados com as principais tendências e inovações tecnológicas.
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