Na Medicina, cada especialidade exerce um papel fundamental no cuidado ao paciente, muitas vezes, atuam de forma colaborativa para atingir esse objetivo final. É nesse contexto que surge a interdisciplinaridade médica.
Neste artigo, você vai entender do que se trata a interdisciplinaridade médica, sua importância e alguns dos casos em que esse conceito se aplica.
O que é interdisciplinaridade médica?
Também conhecida como colaboração disciplinar, ou apenas colaboração médica, a interdisciplinaridade é a integração de duas ou mais áreas no tratamento de uma doença ou condição que afeta ou é causada por mais de um sistema ou órgão do corpo humano.
Essa união tem como objetivo garantir que o paciente receba um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz e seguro, a partir da união de conhecimentos, perspectivas e habilidades entre especialidades.
Deixando claro que, não necessariamente, a interdisciplinaridade ocorre apenas entre especialidades médicas. Ela pode ocorrer também em parceria com profissionais relacionados, como biomédicos, fisioterapeutas, psicólogos e outros.
Qual a importância da interdisciplinaridade médica?
O grande propósito por trás da interdisciplinaridade médica é garantir um atendimento eficiente ao paciente. Isso porque, como mencionado anteriormente, são muitos os casos nos quais o tratamento se relaciona a mais de uma especialidade.
Um exemplo disso está no diagnóstico e tratamento da Diabetes Mellitus, um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue. No tratamento deste quadro, normalmente são envolvidos especialistas em Endocrinologia, Oftalmologia, Cardiologia, Nefrologia, Neurologia, entre outras. Cada um responsável por uma parte do tratamento e na melhora da qualidade de vida do paciente.
Em quais situações vemos a interdisciplinaridade médica?
O diagnóstico e tratamento de Diabetes Mellitus é apenas um dos muitos exemplos em que a interdisciplinaridade médica pode, e deve, ser aplicada. Entre outros casos, é possível mencionar:
Lúpus eritematoso sistêmico ou cutâneo
O reumatologista é quem desempenha o papel central no diagnóstico e tratamento da doença, mas conta com a multidisciplinaridade de outras especialidades no acompanhamento e controle dos sintomas da doença. A depender do quadro apresentado pelo paciente e da variação da doença autoimune, podem ser tratados por dermatologistas, neurologistas, cardiologistas, neurologistas, pneumologistas, entre outros.
Alzheimer
Assim como em outras doenças, o clínico geral pode ser o ponto de partida para o diagnóstico inicial de Alzheimer, mas o tratamento é direcionado por neurologistas em colaboração com geriatras, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e outros.
Hipertireoidismo
O tratamento do hipertireoidismo é guiado principalmente pelo endocrinologista, mas também pode envolver a colaboração de outros profissionais, como cardiologistas, cirurgiões e outros, variando de acordo com condições específicas de cada paciente.
Síndrome de Ramsay Hunt (SRH)
Por tratar-se de uma síndrome neurológica, é absorvida principalmente por neurologistas, mas pode envolver a participação de otorrinos, fonoaudiólogos, fisioterapeuta, e, em casos graves, cirurgiões.
Interdisciplinaridade médica
Para o médico, atuar no cuidado à saúde significa não apenas compreender o papel de sua atuação, mas também estar preparado para integrar seus conhecimentos com outros profissionais.
Para isso, o médico tem que estar aberto ao diálogo com o paciente, estar em busca de atualização constante e desenvolver a capacidade de compreender quando será necessária a colaboração entre diferentes áreas, garantindo o melhor diagnóstico e o tratamento mais efetivo para cada paciente.
Sendo assim, a interdisciplinaridade é uma ferramenta que contribui com o avanço da Medicina, favorecendo descobertas, inovações e práticas cada vez mais eficazes. Essa troca não apenas potencializa os resultados clínicos, como também garante uma experiência de cuidado mais humanizada e centrada no paciente.