A telemedicina, inicialmente, tinha como objetivo oferecer atendimentos a pacientes em localizações remotas, de difícil acesso e com escassez de profissionais médicos. Com o aumento da disponibilidade de tecnologias auxiliares, somada a um aumento na demanda por essa modalidade de atendimento, ela passou a ganhar mais popularidade e, hoje, auxilia também na educação e pesquisa médica.
Neste artigo, você vai entender o que é a telemedicina, como ela funciona e suas vantagens no atendimento e na educação médica.
O que é telemedicina?
De modo simplificado, a telemedicina é uma modalidade de atendimento médico à distância. Nesta modalidade, é possível realizar consultas e atendimentos médicos através de plataformas on-line, expandindo o acesso à saúde e otimizando o tempo de médicos e pacientes.
A telemedicina também pode funcionar como uma ferramenta de auxílio na educação e pesquisa, além de aproximar profissionais da saúde e permitir o trabalho conjunto entre especialistas a distância.
Na Resolução nº 2.314/2022 do Conselho Federal de Medicina (CFM), a definição oficial de telemedicina é:
“O exercício da medicina mediado por Tecnologias Digitais, de Informação e de Comunicação (TDICs), para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões, gestão e promoção de saúde”.
Na legislação mais recente, a telemedicina também define os tipos de serviço que podem ser oferecidos pela telemedicina. Entre eles: teleconsulta, teleconsultoria, teleinterconsulta, telediagnóstico, telecirurgia, telemonitoramento e teletriagem.
Regulamentação da telemedicina
A telemedicina também é regulamentada pela Resolução CFM nº 2.314/2022. Entre algumas das determinações para a aplicação da telemedicina, podemos mencionar:
Art. 4º Ao médico é assegurada a autonomia de decidir se utiliza ou recusa a telemedicina, indicando o atendimento presencial sempre que entender necessário.
Art. 7º A TELEINTERCONSULTA é a troca de informações e opiniões entre médicos, com auxílio de TDICs, com ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou
terapêutico, clínico ou cirúrgico.
Art. 14. A teleconferência médica por videotransmissão síncrona, de procedimento médico, pode ser feita para fins de assistência, educação, pesquisa e treinamento, com autorização do paciente ou seu responsável legal, desde que o grupo de recepção de imagens, dados e áudios seja composto exclusivamente por médicos e/ou acadêmicos de medicina, todos devidamente identificados e acompanhados de seus tutores.
De modo geral, as especificações em relação a ética envolvendo a telemedicina são muito semelhantes às da Medicina, priorizando preservar, principalmente, o sigilo profissional e garantindo que o paciente receba sempre um tratamento de qualidade, respeitando sua liberdade individual.
Como funciona a telemedicina?
A telemedicina tem como principal objetivo aproximar médicos e pacientes geograficamente distantes e, por isso, deve utilizar meios como smartphones, computadores e outros aparelhos portáteis e de fácil acesso ao paciente. Do lado do médico, é importante que sejam utilizados equipamentos, softwares e redes qualificadas, oferecendo o máximo de segurança para o atendimento.
Neste ambiente virtual seguro, ocorre a troca de informações do paciente durante a triagem, consulta, acompanhamento e etc. Esses atendimentos podem acontecer de forma síncrona ou assíncrona, através de chamada de vídeo ou SMS/Whatsapp .
Lembrando que, mesmo que seja possível realizar a leitura de exames de imagem e outros através da telemedicina, a Resolução CFM nº 2.314/2022 permite que o médico opte por ir para o atendimento presencial se considerar necessário.
Outro ponto interessante sobre o uso da telemedicina, como mencionado anteriormente, é que ela também pode ser usada para outros fins além do atendimento direto ao paciente. Durante as teleconsultorias, por exemplo, podem ser utilizadas para facilitar a troca de informações entre diferentes especialistas sobre casos clínicos específicos ou dúvidas.
No meio educacional, no ensino on-line, a telemedicina pode ser usada para a transmissão de cursos, debates e até participações em congressos.
Quais as vantagens da telemedicina?
A telemedicina é uma alternativa aos atendimentos presenciais que oferece muitas vantagens, tanto para os médicos e instituições de saúde, quanto para os pacientes.
Ao paciente, a telemedicina proporciona maior praticidade, reduzindo tempo de espera em clínicas e consultórios e deslocamento até os locais de atendimento, oferecendo também mais comodidade. A alternativa de um atendimento on-line rápido e especializado e diagnóstico mais rápido.
Para médicos e instituições de saúde, a telemedicina oferece muito mais praticidade no armazenamento de informações dos pacientes em nuvem e otimização de atendimentos. Além disso, graças a quebra de barreiras geográficas, é possível ampliar sua carteira de pacientes e de especialistas e, assim, gerar mais lucro.
Financeiramente falando, também podem ser consideradas certas reduções de custos com espaços físicos, priorizando o digital.
Quando falamos do meio educacional, é importante mencionar que a telemedicina quebra barreiras geográficas e proporciona ao estudante o contato direto com especialistas e grandes nomes da Medicina a distância, fortalecendo as trocas de informações e conhecimento.
Em alguns cursos de pós-graduação médica, como na São Leopoldo Mandic, a teleducação é muito utilizada para a transmissão de aulas, conteúdos e, em alguns casos, atendimentos práticos. Nos cursos dePsiquiatria e Endocrinologia, em que os atendimentos a distância podem ocorrer sem afetar a qualidade e precisão do diagnóstico e tratamento, os pacientes são triados de acordo com os módulos de aula e encaminhados para consultas on-line com os alunos durante as aulas práticas.
Desta forma, médicos que buscam se aprofundar em alguma especialidade não ficam retidos por questões de deslocamento e tem acesso a um conteúdo de qualidade e com professores renomados. Além disso, essa modalidade de ensino oferece ao médico maior oportunidade de conciliar seus estudos com sua rotina profissional.
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