A 12ª Jornada Odontológica, da Faculdade São Leopoldo Mandic, termina hoje, dia 28 de setembro. Foram dois dias de palestras, workshops e hands-on que foram organizados pelos próprios alunos da graduação em Odontologia da SLMANDIC. Cerca de 120 pessoas participaram do evento, entre alunos, professores e convidados.
O segundo dia da Jornada começou com a fala do presidente da ACDC (Associação dos Cirurgiões-Dentistas de Campinas), Fernando Biolcati Chiantia. Ele explicou como funciona a associação e mostrou as vantagens e a importância de o cirurgião-dentista tornar-se sócio da instituição.
Em seguida, “Escaneamento intraoral e todas as suas possibilidades” foi o tema da palestra do professor da SLMANDIC, Vagner Ortega, especialista em DTM e Dor Orofacial e mestre em Reabilitação Oral. Ele contou como começou a trabalhar com a Odontologia Digital na São Leopoldo e a importância dessa nova tendência no dia a dia do cirurgião-dentista. “A Odontologia está cada vez mais digital. É uma nova forma de ver e de fazer as coisas”.
O professor explicou em detalhes como funciona o sistema CAD/CAM (Computer Aided Design/ Computer Aided Manufacturing ou Desenho Assistido por Computador/ Manufatura Auxiliada por Computador), que é a base da Odontologia Digital. Por meio do CAD/CAM, é possível fazer o escaneamento/digitalização de toda a arcada dentária do paciente e a posterior fabricação de próteses a partir de um bloco cerâmico. “Esse processo permite fazer próteses com alta precisão, substituindo a moldagem com gesso”.
Com exemplos de casos clínicos, Vagner Ortega mostrou todas as especificidades do software de escaneamento intraoral, e como ele agrega diversos benefícios à atividade clínica. “O software permite que seja feito o planejamento preciso de cada tratamento. A chance de retrabalho é muito menor”, comentou.
Jorge Von Zuben, mestre e especialista em DTM e Dor Orofacial, falou sobre “Ansiedade e Depressão na Odontologia” na segunda palestra do dia. Para ele, todos cirurgiões-dentistas devem estar preparados para observar os sinais e sintomas da depressão e ansiedade nos seus pacientes. “Cirurgião-dentista humanizado é o que falta hoje. O profissional precisa se interessar pelo seu paciente, saber o que ele está sentindo”.
Segundo Von Zuben, é importante entender os mecanismos da dor e se perguntar: qual é a dor do meu paciente? Há pacientes que têm dor crônica ou dor psicogênica. “É uma dor que não passa, o paciente não fica feliz com o tratamento e o cirurgião-dentista fica retratando para tentar resolver o problema”. Ele explicou que em pacientes com dor crônica há defeitos nos mecanismos de retransmissão da dor que precisam ser compreendidos. “Foi comprovado que 44% dos tratamentos endodônticos são desnecessários, porque nem sempre a dor vem do dente. Pode ser que o paciente esteja com sinusite, por exemplo”.
Nesta sexta-feira, os alunos ainda puderam acompanhar as palestras “Odontologia do Esporte: Uma Nova Especialidade Odontológica”, com Neide Coto, e “Resinas X Cerâmicas: qual o melhor material restaurador estético?”, com Rafael Calixto. E também participaram do workshop “Emergências Médicas em Odontologia” e do hands-on “Regeneração periodontal com proteínas derivadas da matriz do esmalte – possibilidades e previsibilidades”.