Vídeo colabora para o entendimento da DTM

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A falta de conhecimento sobre a Disfunção Temporomandibular (DTM) por parte da população, em geral, e dos próprios dentistas motivou o cirurgião bucomaxilofacial Fábio de Freitas Pereira Freire a produzir um vídeo sobre o assunto. Em um formato atual de animação gráfica, o vídeo explica, com uma abordagem didática e em três minutos, os principais sintomas que podem indicar a existência da doença, que possui diversos fatores etiológicos e acomete muitas pessoas, com maior prevalência entre as mulheres.

Pensando em acessibilidade e inclusão, além de ser legendado, o vídeo conta com tradução simultânea em libras, ampliando ainda mais a abrangência de disseminação da informação. “Como toda doença que acomete muita gente, a nossa obrigação é informar ao paciente para que ele possa procurar um atendimento especializado”, afirmou Fábio, que produziu o vídeo em seu Mestrado Profissional em Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, sob orientação do Prof. Dr. Antônio Sérgio Guimarães e coorientação da Prof.ª Dr.ª Luciane Lacerda Franco Rocha Rodrigues, na Unidade de São Paulo da Faculdade São Leopoldo Mandic.

“O que falta na nossa disciplina é isto: a gente divulgar a DTM”, exaltou a Dr.ª Luciane, explicando que a falta de divulgação da doença se deve ao fato de a especialidade ser relativamente nova na Odontologia. Segundo a professora, a pandemia resultou em um aumento nos casos de DTM, que possui diversos subtipos, os quais estão associados tanto à dor física quanto emocional, podendo estar relacionados ao bruxismo.

Como explicou a Dr.ª Luciane, entre os subtipos da disfunção estão: a mialgia, que é a inflamação do músculo, em geral com dor local; a miofascial, com espalhamento de dor no mesmo músculo; a miofascial com referência de dor, em que ao fazer a apalpação em um músculo da face a dor surge em outro músculo, por exemplo, na cabeça; a cefalalgia da DTM, que provoca dor de cabeça; e as DTMs articulares, podendo ser causadas por deslocamento de disco. A professora lembrou do aplicativo “Critérios DTM”, também produzido por um aluno da turma de mestrado e que auxilia no diagnóstico da disfunção.