Professor da SLMANDIC Campinas ministra palestra em evento da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
O Prof. Dr. Victor Montalli, docente e patologista do serviço de diagnóstico de patologia bucal, da Faculdade São Leopoldo Mandic, de Campinas, ministrou palestra sobre “Câncer bucal: o diagnóstico precoce depende de nós”, no último dia 10 de abril, no anfiteatro da Associação dos Cirurgiões Dentistas de Campinas (ACDC), em evento promovido pela Secretária Municipal de Saúde.
O objetivo deste evento, que acontece anualmente durante a Campanha de Vacinação de Idosos contra o vírus da gripe, é atualizar os profissionais da rede pública municipal de Campinas e dos municípios que fazem parte da RMC, sobre a Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal.
Cerca de 150 cirurgiões-dentistas participaram deste acontecimento, que apresentou, também, o registro de câncer da base populacional de 2010/2011, pela Dra. Juliana Natívio, do departamento de Vigilância Sanitária do município de Campinas.
Dr. Victor Montalli ministrou a palestra a convite do coordenador de saúde bucal de Campinas, Dr. Edson Silveira.
Pesquisa faz levantamento demográfico e clínico de casos de Paracoccidioidomicose
A paracoccidiodomicose é uma micose sistêmica que é um sério problema de saúde pública e que afeta vários países da América Latina e, especialmente, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, com 80% dos casos.
Dentre todos os sintomas dessa doença, as lesões orais – que afetam a gengiva, a mucosa bucal, o palato duro, os lábios e a língua – são os mais frequentes. Por esse motivo, conhecer as características da paracoccidiodomicose é importante para o estomatologista e o patologista atuarem no diagnóstico e tratamento dessa micose. A pesquisa realizada pela aluna de mestrado da São Leopoldo Mandic, Catarina Rodrigues Rosa de Oliveira, analisou a ficha de 118 pacientes com diagnóstico confirmado da doença a fim de avaliar se há algum padrão nos pacientes com diagnóstico confirmado, no Laboratório de Patologia Bucal da cidade de Campinas (SP).
Nas fichas desses pacientes, Oliveira buscou diversos dados, como idade, sexo, raça, moradia, etilismo, tabagismo, local das lesões e presença de outras doenças e deformidades. Todos os 118 casos de paracoccidiodomicose apresentavam lesões na boca, mais de 50% eram fumantes e 28% bebiam, moravam em Campinas, eram do sexo masculino, brancos, com mais de 40 anos de idade e apresentavam outras doenças.
A aluna concluiu que “a pesquisa trouxe valiosas informações, demonstrando que as lesões orais em todos os casos avaliados é um importante indicativo de que a paracoccidiodomicose causa uma infecção local que pode invadir outros órgãos”. Ela foi orientada pelo professor Doutor Ney Soares de Araújo.